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Como realizar segurança perimetral em portos marítimos?

A solução perimetral deve ser integrável e capaz de manter a performance mesmo em um cenário desafiador.

Por Redação

Os portos são uma peça fundamental na economia do país, sendo um elo indispensável na logística nacional e no comércio internacional. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, transitam pelos 36 portos públicos costeiros, em toneladas, perto de 95% do comércio exterior do Brasil, movimentando em média R$ 293 bilhões anualmente, cerca de 14,2% do PIB brasileiro.

Por essas instalações, tanto portos públicos quanto privados, passam um alto fluxo de pessoas, de bens e de mercadorias, e ter um sistema de proteção estratégico e eficiente é crucial para garantir a segurança das operações. Além das preocupações óbvias com invasões, roubos de cargas e contrabando, há também a elevada incidência de crimes como pirataria, terrorismo e tráfico de drogas, de armas e de pessoas, que pode causar prejuízos milionários.

Por se tratar de uma infraestrutura crítica complexa, o ponto de partida deve ser a segurança perimetral, responsável por manter pessoas não autorizadas fora da instalação, tanto para impedir roubos e sabotagens como para evitar acidentes.

Para Hen Harel, especialista em segurança e diretor da empresa de tecnologia Ôguen, a solução perimetral deve ser integrável e capaz de manter a performance mesmo em um cenário desafiador. “Em um porto é necessário monitorar perímetros variados, como ambiente terrestre e aquático; lidar com a acústica, que é repleta de ruídos devido às embarcações e o mar; e resistir a condições climáticas adversas, como ar salgado, poeira e tempestades. Cercas não são viáveis em projetos à beira do mar, onde a iluminação geralmente é ruim, comprometendo a visão das câmeras. A combinação de radares e drones se torna a solução ideal para este ambiente”, argumentou o especialista.

Com apenas o mínimo de infraestrutura, podendo transmitir os sinais via rádio e ser alimentado com energia solar, um radar da empresa israelense Magos, por exemplo, é capaz de cobrir 600 mil m², classificando os alvos detectados como humanos, animais, pessoas, embarcações, drones, entre outros. O equipamento pode ser instalado a até 80 metros de altura, evitando bloqueios de objetos terrestres, como barcos, caminhões e contêineres. Possui uma abertura horizontal de 120° e vertical de 30°, capaz de detectar o movimento de um invasor antes mesmo de chegar ao perímetro. Além disso, pode operar em climas e temperaturas extremas (-40°C a +85°C) sem prejudicar sua performance.

Já os drones podem auxiliar a equipe de segurança realizando um monitoramento perimetral aéreo automatizado e uma pronta resposta rápida, trazendo a consciência situacional em segundos. “Os radares e drones podem trabalhar de forma combinada, ou seja, o radar detecta um evento há milhares de metros de distância e o drone vai até o local, capta as imagens e transmite em tempo real para a central de comando. Os drones também podem ser equipados com holofotes e alto-falantes para realizar a primeira tentativa de persuasão dos invasores. Geralmente, quando um criminoso é descoberto, ele foge ao invés de continuar com a invasão. Tudo isso poupa tempo da instalação e não coloca nenhuma vida em risco”, explicou Hen Harel.

Monitoramento em locais alfandegados

No dia 23 de junho de 2022 foi publicada a Portaria COANA, número 80, que especifica as condições de funcionamento e os requisitos técnicos mínimos do sistema de monitoramento de local alfandegado.

A norma destaca a necessidade de o sistema de vigilância funcionar 24 horas sem interrupções, quais áreas devem estar cobertas, a necessidade da leitura de placa dianteira e traseira dos veículos, entre outras determinações.

Para ler o documento na íntegra, clique aqui.

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