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ARTIGO: Sem o Edge Computing, não há Cidades Inteligentes

Por Gustavo Zuccherato

Por Daniel Sim*

O mundo se dirige para um futuro tecnológico onde quantidades gigantescas de dados serão coletadas, analisadas e armazenadas. Todos os dias produzimos uma quantidade imensa de dados e este número apenas aumentará conforme tecnologias como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas se conectem entre si e com as grandes corporações.

O edge computing satisfaz a demanda por menos latência e mais eficiência ao levar o processamento de dados para mais perto de onde eles são criados e/ou consumidos

O Gartner prevê que, até 2020, existirão mais de 20 bilhões de “coisas” conectadas à internet e, por isso, é fundamental que o acesso aos dados seja mais rápido e mais eficiente. Somente assim analises baseadas num enorme universo de dados poderão suportar decisões. .

Dentro desse quadro, vale a pena analisar um dos tópicos mais falados no mundo de data centers: edge computing. Essa tecnologia está satisfazendo a demanda por menos latência e mais eficiência através da mudança do processamento de dados para mais perto de onde eles são criados e/ou consumidos. Conseguir fazer isso corretamente será crucial para que as empresas possam efetivamente implementar a IoT, cidades inteligentes repletas de sensores e outros serviços. O edge computing é essencial, também, para garantir que as pessoas possam usar (consumir) esses serviços sem problemas.

Existem quatro arquétipos que podem ajudar a determinar a infraestrutura necessária para dar suporte ao edge computing. Tudo depende das necessidades do cliente.

Os quatro arquétipos podem ser divididos em infraestruturas Intensa em Dados; Sensível a Latência Humana; Sensível a Latência Máquina-para-Máquina; e Crítica para a Vida

A tecnologia de edge Intensa em Dados beneficia empresas como a Netflix, que produz consistentemente grandes quantidades de dados. Para a Netflix, é impraticável transferir dados continuamente usando cloud computing, particularmente quando a entrega de conteúdo em HD está envolvida. A Netflix e outros serviços de streaming precisam de uma infraestrutura de edge que reduza os custos e a latência e melhore como um todo a experiência do cliente.

A infraestrutura Sensível a Latência Humana é para o consumo humano e seria aplicada com sucesso para varejistas que precisam analisar os dados dos clientes com rapidez e precisão, quase em tempo real. Se a recuperação dos dados atrasa, ela pode, potencialmente, reduzir as vendas e a lucratividade do varejista.

A infraestrutura Sensível a Latência Máquina-para-Máquina é adequada para segmentos como bolsas de valores, onde máquinas processam dados mais rapidamente que humanos, de forma que as consequências da latência são maiores que para a latência humana.

A Infraestrutura Crítica para a Vida dá suporte às necessidades por saúde e segurança humana em locais como hospitais. O sistema reconhece que a necessidade crítica de velocidade e confiabilidade estão nessas circunstâncias.

Conforme a produção de dados e a necessidade de recuperá-los rapidamente continue a aumentar, os benefícios do edge computing se tornam claros. Nos estágios relativamente iniciais da construção da tecnologia, é importante criar infraestruturas que serão adequadas às diferentes necessidades que as empresas têm em relação aos dados.

Isso é fundamental para assegurar que a experiência de seus clientes seja otimizada.

Em suma: o edge computing é essencial para cidades inteligentes e para quaisquer tecnologias que venham a se desenvolver rapidamente, ampliando a magnitude dos dados no mundo. A consciência dessa interdependência é essencial para tornarmos reais nossas ambições digitais.

Daniel Sim

É diretor de negócios de canais para a Vertiv Ásia.

 

 

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