Os últimos anos apresentaram um cenário favorável à expansão da tecnologia nos comércios e, diante disso, também surge a necessidade de explorar novos canais e mercados. Assim, empresas do atacado distribuidor passaram a investir em plataformas de e-commerce para comercializar seus produtos, garantindo a competitividade e a sobrevivência de seu negócio.
Mas, com o aumento de compras pela internet, cresceu também o número de tentativas de fraude no e-commerce, totalizando 23,6% no primeiro semestre de 2022 comparado ao mesmo período de 2021, segundo a ClearSale.
Diante deste cenário, os consumidores se tornaram cada vez mais atentos a aspectos relacionados à confiabilidade do e-commerce. Por isso, é fundamental entender quais processos são necessários para tornar as operações mais seguras, transmitindo a mensagem correta para que os clientes se tornem assíduos nas compras no ambiente digital.
Posto isso, elencamos abaixo cinco estratégias que podem apoiar o e-commerce a expressar autoridade e segurança:
Opere em uma plataforma segura: este ponto está relacionado à plataforma que irá disponibilizar e armazenar os dados do e-commerce para as compras. Na hora de escolher qual serviço contratar, as empresas devem considerar aspectos como capacidade de processamento, limite de dados para armazenagem de arquivos e tipo de servidor e gateways seguros de pagamento, além de um parceiro reconhecido no mercado digital por bons serviços.
Utilize selos de confiabilidade e certificados de segurança: eles representam a segurança da loja digital, atestando que o site utiliza criptografia para monitorar ameaças. Já o uso de um certificado de segurança garante que as informações transmitidas entre servidor e navegador sejam mantidas com integridade. O correto é que todo e-commerce tenha esse certificado, em especial, as páginas de pagamento.
Transmita confiança ao utilizar plataformas como o Reclame Aqui ou um sistema de avaliações: eles não estão relacionados com as medidas de segurança, mas funcionam como um método de confiabilidade quando o assunto é a qualidade do atendimento e dos produtos, trazendo mais credibilidade para a marca. Por isso, a empresa deve estar atenta a essas páginas e responder aos comentários tendo como foco a resolução dos problemas.
Uso de layout equilibrado: ao investir em uma boa apresentação, o site consegue transmitir uma imagem de confiabilidade, mostrando que o negócio não é amador. Nesse contexto, vale investir em temas adequados à identidade da marca e nas páginas de produtos, como, por exemplo, usar imagens de alta qualidade e que valorizem o produto apresentado. O design escolhido e a experiência de uso do consumidor também são capazes de mostrar expertise no mercado.
Invista em um sistema antifraude: esse tipo de tecnologia é fundamental para quem atua com e-commerce, justamente por focar na proteção de informações, evitando problemas. Um sistema antifraude analisa as transações que acontecem no seu negócio e identifica aquelas que têm características suspeitas a partir de padrões de compra do cliente. Isso acontece por conta do cruzamento dos dados e, quando possíveis fraudes são identificadas, a compra é cancelada. Dados como ticket médio, localização do cliente no momento da compra e até mesmo tentativas de pedido repetidas com o mesmo cartão auxiliam no momento de barrar golpes.
Ao adotar essas medidas, os atacadistas e distribuidores não estão apenas garantindo a competitividade de sua empresa, mas, sim, disponibilizando informações para que os clientes percebam que a empresa é real e investe em ações que expressam mais autoridade e segurança para o e-commerce. Tudo isso propiciará a confiabilidade dos clientes para efetivarem as compras no ambiente digital.
*Rafael Martins é CEO do Grupo Máxima, líder em soluções de força de vendas e e-commerce, trade marketing e logística para a cadeia de abastecimento. Com formação em Tecnologia da Informação pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e pós-graduação em Qualidade de Software pela Universidade Católica de Goiás (UCG), o executivo atuou por mais de dez anos na PC Sistemas (atual Totvs), onde desenvolveu vasta experiência na construção de sistemas para o mercado atacadista distribuidor, como o ERP WinThor.