O mercado latino-americano de edifícios inteligentes em 2023 foi avaliado em aproximadamente US$ 5,73 bilhões e espera-se que cresça a uma taxa de crescimento anual composta de 12,5% entre 2024 e 2032, para atingir o valor de US$ 16,47 bilhões, de acordo com o relatório Perspectiva do mercado latino-americano de edifícios inteligentes.
De acordo com esse relatório, entre os países da região, o Brasil é o líder no mercado desse tipo de edifício, seguido pelo México, Argentina, Chile e Colômbia, impulsionado por fatores como a sustentabilidade na demanda de energia, a necessidade de reduzir as emissões de carbono e melhorar a segurança e a qualidade de vida de seus locatários.
Os edifícios inteligentes, que se dividem em comerciais, residenciais e industriais, são aqueles que usam a Internet das Coisas (IoT), automação, automação residencial, big data e inteligência artificial para permitir que os sistemas de controle de acesso, segurança, HVAC, iluminação, eletricidade e telecomunicações, entre outros, suportem o gerenciamento integrado e automatizado para aumentar a eficiência energética, a segurança, a usabilidade e a acessibilidade.
Assim, o crescente interesse em edifícios inteligentes oferece um cenário propício para explorar o papel das identidades digitais nessa tendência.
Transformação sustentável
A implementação do Mobile Access em edifícios inteligentes representa um avanço significativo em direção à sustentabilidade, proporcionando benefícios tanto em termos de segurança quanto de eficiência operacional, ao mesmo tempo em que se alinha com a tendência de práticas de gerenciamento de acesso mais ecológicas, devido a recursos como o gerenciamento centralizado por meio de plataformas como a Origo, que elimina a necessidade de emissão de cartões físicos.
Além disso, as soluções atuais de controle de acesso físico aproveitam o hardware e o software para criar seus próprios aplicativos personalizados e estabelecer o acesso controlado em vários pontos de entrada, desde estacionamentos até áreas restritas, enquanto as leitoras de porta, configuradas com o Modo de Energia Inteligente, podem entrar em modo de espera quando não estiverem em uso, obtendo uma economia de energia considerável, especialmente em grandes instalações com centenas de leitoras instaladas.
Um dos principais benefícios dessas soluções modernas é a redução da dependência de cartões de acesso de PVC. As credenciais mais recentes baseadas em smartphones, com integração de carteira digital e gerenciamento eficiente por meio de serviços em nuvem, não apenas melhoram a sustentabilidade, mas também evitam o desperdício e as emissões de carbono associadas à produção tradicional de cartões plásticos.
Três opções avançadas para o gerenciamento de controle de acesso em edifícios inteligentes
1. Carteiras digitais
As carteiras digitais não apenas simplificam as transações financeiras, mas também desempenham um papel fundamental no gerenciamento de identidades digitais. No contexto de edifícios inteligentes, essas carteiras atuam como centros de controle para credenciais de acesso e serviços compartilhados, consolidando o gerenciamento de vários aspectos.
Por sua vez, elas empregam métodos avançados de criptografia e autenticação. As identidades, como cartões de acesso ou identificações de funcionários, são armazenadas de forma criptografada no dispositivo móvel do usuário.
Tecnologias sem fio, como Bluetooth e NFC (Comunicação por Campo de Proximidade), facilitam a comunicação entre a carteira digital e as leitoras de acesso em edifícios inteligentes. Quando o dispositivo é aproximado da leitora, uma conexão segura é estabelecida e o acesso é autorizado com base nas credenciais armazenadas.
Em geral, as carteiras digitais permitem a integração de tecnologias biométricas, como impressões digitais ou reconhecimento facial. Esse nível adicional de autenticação garante que somente o titular legítimo tenha acesso às credenciais armazenadas.
2. Identidade como serviço (IDaaS)
As modernas plataformas de experiência do locatário desempenham um papel fundamental na integração de tecnologias de gerenciamento de credenciais baseadas na nuvem, que, por sua vez, proporcionam a escalabilidade necessária para se adaptar ao crescimento e às mudanças nas demandas dos edifícios inteligentes. Essas plataformas não só atuam como uma “fonte única de informação” para o controle de acesso, mas também oferecem uma abordagem holística para o gerenciamento de visitantes, operações de manutenção, gerenciamento de ativos compartilhados, como reservas de salas ou espaços, e experiências personalizadas, como opções de refeições locais e ofertas em cafeterias.
Nesse sentido, a Identidade como Serviço (IDaaS) está surgindo como uma peça fundamental no cenário dos edifícios inteligentes, transformando a maneira como o acesso seguro às instalações é garantido. Essa abordagem se baseia em tecnologias emergentes, como inteligência artificial, aprendizado de máquina e Internet das Coisas (IoT). Ao integrar essas tecnologias, ela cria um ecossistema de identidade que vai além da mera autenticação, permitindo que os administradores e a equipe de segurança gerenciem proativamente as identidades em ambientes imobiliários de forma personalizada.
Uma das características distintivas do IDaaS é sua capacidade de trabalhar em tempo real. Isso significa que as identidades podem ser gerenciadas dinamicamente, adaptando-se às necessidades de acesso e segurança em constante mudança em um edifício inteligente. A conectividade em tempo real também facilita a detecção e a atenuação rápidas de possíveis ameaças à segurança.
3. Acesso sem contato
A evolução para o acesso sem contato está redefinindo a interação em edifícios inteligentes e o acesso móvel é uma característica fundamental dessa jornada. A capacidade de usar smartphones e dispositivos portáteis como chaves digitais não apenas aumenta a conveniência para os usuários, mas também contribui para a redução do desperdício associado aos cartões plásticos tradicionais.
Por fim, vale a pena observar que, no ambiente atual, a segurança desempenha um papel fundamental, e é nesse ponto que tecnologias como a Seos são cruciais, pois oferecem um nível avançado de criptografia e autenticação, garantindo que, tanto nos cartões inteligentes quanto nos telefones celulares, as identidades permaneçam protegidas contra qualquer ameaça digital.
Assim, em meio à expansão dos edifícios inteligentes na América Latina, as identidades digitais surgem como um elemento principal não apenas para fortalecer a segurança e a eficiência operacional, mas também como um veículo essencial para impulsionar práticas de gerenciamento de acesso mais ecológicas e sustentáveis.
