Home Reportagem Oi busca construir ecossistema para desenvolver as “Smart Transformations” em vários mercados

Oi busca construir ecossistema para desenvolver as “Smart Transformations” em vários mercados

Por Gustavo Zuccherato

Em evento da Huawei, operadora apresentou resultados de projeto-piloto com reconhecimento facial durante o Carnaval em Copacabana – abrindo caminho para uma relação mais próxima com o segmento de segurança

Na quinta-feira (9), a Huawei promoveu em São Paulo o Huawei Enterprise Brazil Summit, um encontro para apresentar suas novidades tecnológicas, posicionamento estratégico e celebrar suas parcerias no país. Além dos pronunciamentos e apresentações da fabricante chinesa, o Summit reservou espaço para que alguns dos principais parceiros e clientes da companhia no Brasil pudessem mostrar suas estruturas e propostas para disseminar o uso das tecnologias de segurança, redes e inteligência artificial em seus respectivos mercados.

Sendo trabalhada no Brasil pelo menos desde o último trimestre de 2018, a parceria com a Oi para a implantação da plataforma de Smart City, Huawei VCM, foi um dos grandes destaques quando se fala em aplicações para segurança. O sistema agrega diversas soluções de monitoramento IoT espalhadas por todos os locais públicos ou privados, incluindo estádios de futebol, rodoviárias, metrô, aeroporto, ruas e avenidas, entre outros, oferecendo recursos baseados em inteligência artificial, como alarmes de detecção de acesso indevido a área restrita e comportamentos suspeitos, reconhecimento facial automático e leitura de placas.

Durante o carnaval deste ano, as companhias realizaram um projeto-piloto em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, implementando 30 câmeras de reconhecimento facial e de placas pela orla e arredores da Praia de Copacabana.

Na apresentação, conduzida pelo diretor de tecnologia da Oi, Andre Ituassu, a companhia apresentou alguns dos resultados dessa iniciativa. “A Huawei forneceu a infraestrutura tecnológica, enquanto a Oi ficou responsável pela infraestrutura de conexão, com a operação ficando a cargo dos órgãos públicos de segurança”, explicou. Ao todo, foram mais de 3 milhões de faces únicas detectadas durante o período e aproximadamente 8 mil pessoas identificadas em blacklists de pessoas foragidas, suspeitas ou desaparecidas.

Para além disso, o executivo também trouxe a visão do que a Oi acredita ser o próximo passo da jornada de transformação digital: as “Smart Transformations” que vão além da implantação das tecnologias digitais. “Deixamos de ter uma transformação meramente tecnológica e passamos a ter uma transformação inteligente, muito baseada na inteligência artificial. Assim, não falamos mais de câmeras conectadas, mas sim de gestão para segurança pública, para transportes visando melhor mobilidade, para atendimento a emergências, com algoritmos que identificam potenciais ameaças e ajudam no combate e resolução de problemas de desordem, de tráfico de drogas e de armas, de crime organizado, desastres naturais, entre outros”, explica.

Para tornar essas Smart Transformations algo real, a companhia também indica que deve atuar através de parcerias para construção de um ecossistema para atender cada um desses projetos, o que pode ser uma oportunidade para profissionais e empresas de segurança daqui para frente. “As parcerias são inerentes a qualquer solução. Não podemos pensar que somos capazes de fazer tudo porque esse modelo não funciona”, pontua. “O que precisamos agora é organizar esse ecosssitema de devices e plataformas para que ele se fale, se integre e possa obter as melhores informações que podem ser geradas por essas conexões”.

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