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CASE STUDY Integração público-privada acelera tempo de resposta e auxilia na resolução de crimes em Campinas

Por Gustavo Zuccherato

Como o município no interior de São Paulo aumentou a sensação de segurança usando a tecnologia

Desde novembro de 2016, a cidade de Campinas, no interior do estado de São Paulo, tem sido palco de um projeto de compartilhamento público-privado inovador que trouxe resultados positivos para a resolução de crimes na cidade. Denominado Capta, a iniciativa do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap) utiliza câmeras e tecnologias de computação em nuvem avançadas da empresa Genetec implantadas em postos de combustíveis conveniados para a comunicação direta com os órgãos policiais da cidade.

Programa Capta implementou três câmeras por posto, com conectividade direta ao Centro Integrado de Monitoramento de Campinas

O projeto permite que os vídeos de vigilância dos postos sejam transmitidos para um centro de monitoramento da Recap e replicados na Central de Monitoramento Integrado de Campinas (CimCamp) em tempo real através da internet. Esta aplicação só é possível graças ao software Security Center 5.5, desenvolvido pela Genetec e instalado por meio da integradora Venses.

Este avançado sistema de videovigilância, que pode ser replicado em qualquer lugar do Brasil a baixo custo, oferece todas as vantagens de comunicação em nuvem, dispensando a necessidade de infraestrutura complicada, com servidores para armazenamento local, por exemplo. Uma vez que as câmeras IP de alta resolução podem ser conectadas diretamente à internet, o sistema permite a gravação das imagens em nuvem e o monitoramento de qualquer lugar através de um site em computadores ou dispositivos BlackBerry®, Apple® e Android.

Atualmente, são 7 estabelecimentos que fazem parte do Capta, com três câmeras por posto, todas da marca Vivotek, sendo uma delas dentro da loja de conveniência, modelo FD8166A, e as outras, modelo IB836B-HT, na parte externa, monitorando também as proximidades do local.  “Nós já tínhamos um sistema de monitoramento, mas as câmeras do Capta tem mais qualidade e um alcance maior, não ficando limitado ao posto”, relata Reginaldo de Jesus Fernandes Cardoso, gerente do posto Santo Antônio, conveniado ao Capta. “No ano passado, tivemos um caso de sequestro no centro da cidade no qual o criminoso passou em nossa loja de conveniência. Achamos a atitude suspeita, ligamos para a Polícia Militar e eles conseguiram visualizar as imagens para auxiliar na resolução do caso”.

De acordo com Willian Barbanera, diretor da CimCamp, a escolha dos postos que fariam parte do projeto levaram em consideração a proximidade à pontos do Sistema Inteligente de Monitoramento Veicular de Campinas (Simvecamp). “Esses pontos possuem radares que fazem a leitura de placa e, assim, quando há alguma ocorrência, conseguimos integrar os vários sistemas para acompanhar e resolver os crimes”, relata.

O posto Carolina Florence, localizado em um ponto de entrada e saída da cidade, também já aproveitou a tecnologia para resolver um caso de furto de combustíveis. “As pessoas vieram ao posto, pediram para encher o tanque e, quando o frentista foi buscar a máquina de cartão, eles arrancaram e fugiram, sem pagar. Com o auxílio das câmeras e a comunicação direta imediata com a Polícia Militar, eles conseguiram identificar e interceptar o veículo e, agora, as pessoas respondem criminalmente pela ação”, explica Getúlio Rodrigues da Silva, gerente administrativo do posto.

Com apenas cinco casos de ocorrências nos postos de combustíveis do programa Capta desde sua implantação, Barbanera considera o projeto uma grande conquista para a segurança pública da cidade. “O projeto é encarado por nós como sendo uma ação de segurança preventiva. Só o fato de, durante todo esse período, termos tido apenas cinco casos e, em todos eles, os suspeitos puderam ser identificados pelas câmeras e radares, inclusive com a interceptação em um deles, já consideramos o projeto um sucesso”.

O Security Center combina controle de acesso, vídeo monitoramento, LPR (reconhecimento automático de placas de veículos), comunicações, modo de recuperação de desastre, capacidades de arquivamento e exportação de vídeo mais poderosas.

Além disso, o software é reconhecido e premiado mundialmente por seus níveis de autenticação e criptografia aprimorados. De acordo com Barbanera, desde a implantação do projeto não foi registrado nenhuma tentativa de invasão e roubo de dados ao sistema.

Integração com governo estadual

Utilizando o recurso de Federação do software da Genetec, o CimCamp também encaminha as imagens das câmeras para a plataforma de consciência situacional e investigações do governo do Estado, o Detecta, permitindo seu uso pelos policiais militares e civis.

“O Centro de Processamento de Dados (CPD) da Polícia Militar possui licenças do software Federador da Genetec para receber todas as imagens das câmeras de segurança de todo o estado conectados ao Detecta através de link intragov”, diz o Cel Ronaldo de Oliveira e Silva, coordenador de tecnologia da informação e telecomunicações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Segundo o coordenador, quando o sistema instalado no local de monitoramento também é Genetec há recursos de otimização de banda que facilitam a comunicação. Trata-se do Stratocast, um sistema que exige somente entre 100 K e 300 K de banda para realizar a comunicação de câmeras de resolução HD (2 MP).

“Uma vez que as imagens estão no Federador da Genetec, o acesso é facilitado porque não é preciso uma conexão direta com a câmera, mas somente com os servidores na nuvem”, explica Silva. Assim, os servidores podem ser dimensionados para atenderem as necessidades de acesso com mais facilidade, evitando a sobrecarga da rede de comunicação.

Com essa integração, todos os policiais militares e civis, além de órgãos de segurança e administração municipal, podem acessar a plataforma Detecta para planejar ações de segurança  e investigações mais efetivas integrando câmeras de vídeomonitoramento, leitores de placa e chamados 190.

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