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ARTIGO: Catedral de Notre-Dame, Museu Histórico Nacional, Ninho do Urubu e a importância na prevenção e combate a incêndios

Por Gustavo Zuccherato

Por Bruno Machado Teixeira*

A quase total destruição da Catedral De Notre-Dame em Paris (França) chocou o mundo. O incêndio começou minutos antes das 19h na segunda-feira passada. Com foco inicial no teto, nos arredores da torre central, ardeu sobre a catedral por horas — já se aproximava das 7h do dia seguinte quando o corpo de bombeiros informou que não havia mais fogo. No Brasil, tragédias ligadas a incêndios também tem acontecido com frequência, como amplamente noticiado em nível nacional.

Atuar preventivamente não custa caro e pode ser um processo simples, devendo ser encarado como um benefício e não como gasto obrigatório ou até mesmo desnecessário

Os trágicos eventos nos fazem refletir sobre a importância da prevenção e combate a incêndios e como esses cuidados podem salvar vidas e patrimônios. Sistemas de prevenção, que além do alarme e detecção de incêndio, também incluem sinalizações de rotas de fuga, iluminação, extintores e hidrantes, portas corta fogo, etc., são quesitos legais que devem ser cumpridos. Porém, trabalhar na prevenção, na segurança dos ocupantes de imóveis, clientes, moradores e visitantes, mesmo em áreas ou em imóveis que não sejam obrigatórios, traz inúmeros benefícios.

Atuar preventivamente não custa caro e pode ser um processo simples: assim como nos prevenimos em questão de segurança, podemos tornar ambientes mais protegidos com um sistema preventivo de incêndios que deve ser encarado como um benefício e não como um gasto obrigatório ou até mesmo desnecessário.

Prédios, tanto residenciais quanto empresarias, podem se tornar mais seguros com um sistema de alarme e detecção de incêndio. Mesmo que o detector de fumaça não seja obrigatório nos halls internos dos andares em alguns tipos de edifícios, sua presença indicará com rapidez a existência de um problema e diminuirá seus efeitos. Prédios mais novos já trazem esses dispositivos, porém eles podem ser instalados em imóveis mais antigos de forma prática, rápida e com baixo custo. Detectores de fumaça endereçáveis produzidos com base nas normas vigentes da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são financeiramente acessíveis.

Em alguns países da Europa, detectores de fumaça são obrigatórios em casas e apartamentos. No Brasil, não há a obrigatoridade, mas eles servem para alertar o início de um incêndio, dando mais tempo para as pessoas combaterem o fogo ou se protegerem

Em alguns países da Europa, como Inglaterra, detectores de fumaça são obrigatórios em casas e apartamentos, independentemente do tamanho do imóvel. No Brasil, não há esta obrigatoriedade, porém como os detectores de fumaça servem para alertar o início de um possível incêndio, dando mais tempo para as pessoas combaterem o fogo ou então buscarem um local seguro para abrigar-se, assim eles também são adequados para uso em imóveis residenciais. É claro, também existem, no mercado nacional, detectores de fumaça residenciais acessíveis e de fácil instalação.

Outra forma de aumentar a segurança dos ocupantes de imóveis, visitantes de museus, funcionários, etc., é manter o ambiente com iluminação de emergência com sua manutenção em dia, o que também inclui rotas de fuga bem sinalizadas. Atualmente, existem vários produtos disponíveis, de alta qualidade e de fácil instalação – plug and play- basta ter uma tomada e conectar o equipamento. Uma boa dica para síndicos e administradores prediais é convidar uma revenda de confiança para visitar o imóvel e verificar qual central de alarme de incêndio pode ser utilizada: existem equipamentos confiáveis e econômicos, com poucos pontos de detecção ideais para ambientes menores, como prédios baixos, pequenas e médias empresas, com menor complexidade em caso de sinistro.

Um bom sistema preventivo de incêndio também pode gerar descontos em seguros corporativos e residenciais e dá respaldo civil e criminal em caso de algum sinistro

Um bom sistema preventivo de incêndio, além de proteger a vida dos ocupantes e o patrimônio, também pode gerar um desconto considerável em seguros corporativos e residenciais. Se o risco de incêndios for baixo, empresas geralmente oferecem dedução no valor das apólices de seguro. Se o risco for alto e os equipamentos/soluções não estejam adequados ou mal instalados, as companhias não irão assegurar o estabelecimento. Além da economia, também existe um respaldo civil e criminal no caso de algum sinistro: se tudo está em ordem, não haverá responsabilização por negligência ou omissão. Temos que tratar esta questão de uma forma bem assertiva, pois muitos de nós pensamos que este tipo de situação nunca acontecerá conosco.

Desastres como a destruição da Catedral de Notre-Dame, do Museu Histórico Nacional e do Ninho do Urubu podem e devem ser evitados: ambientes mais seguros e devidamente habilitados para funcionar com itens fundamentais na prevenção e combate a incêndios trarão inúmeros benfeitorias para todos, além de salvar vidas e patrimônio históricos de valor incalculáveis. Não é a primeira vez que perdemos parte importante da cultura ocidental e de vidas para as chamas, mas podemos trabalhar para que tragédias como essas não aconteçam com tanta frequência.

Bruno Machado Teixeira

É gerente do Segmento Iluminação e Incêndio da Intelbras e trabalha na empresa há mais de 16 anos. Formado em Engenharia de Produção pela UFSC, possui MBA em Comércio Exterior pela FGV.

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