Estas são as tendências apontadas pela Genetec quando se fala em segurança aeroportuária, apesar de muitos pensarem só no raio-X das bagagens ou no detector de metais, a segurança física do setor vai muito além com desafios e tendências particulares, em especial diante da pandemia
O mercado global de segurança de aeroportos ultrapassou 10 bilhões de dólares em 2019, de acordo com relatório da Fortune Business Insights, e os investimentos se mostram cada vez mais necessários. As normas de segurança foram sendo redesenhadas e aprimoradas ao longo dos anos, de acordo com a evolução do setor e com novas ameaças. Na década de 1970, uma das grandes preocupações era o sequestro de aeronaves. Em 2001, o 11 de setembro fez com que o terrorismo se tornasse prioridade na segurança dos aeroportos. Hoje, o distanciamento social imposto pela pandemia e a cibersegurança estão entre os principais pontos de atenção para os administradores aeroportuários.
Depois de realizar análises de mercado e reuniões com diversos players, a Genetec, fornecedora de tecnologia de soluções unificadas de segurança, segurança pública, operações e inteligência de negócios, preparou um documento que aponta as principais tendências em segurança do setor, que vive um momento muito desafiador com a pandemia da Covid-19.
“Aeroportos são locais de grande fluxo de passageiros, com vários pontos de entrada e saída, o que, por si só, é um desafio. O controle de acesso às áreas restritas e a identificação de pessoas sempre foram pontos essenciais na segurança. Há algum tempo, temos apontado como a transformação digital está impactando nesse processo e constatamos que, neste momento, as tendências do mercado são buscar mais eficiência nos processos de automação e autoatendimento, investir no uso de biometria e tecnologias sem contato, além de gerenciar o fluxo de pessoas”, explica Fabio Juvenal Ferreira, Gerente da Vertical de Cidades e Infraestruturas da Genetec. Isso mostra que cada vez mais as soluções de segurança integradas, além de mitigar os riscos físicos, contribuirão para uma melhor experiência para os passageiros
A Genetec acredita que a tecnologia touchless, embora cara para implementar, é o futuro das viagens. Check-ins e embarques com leitores biométricos, recursos de reconhecimento facial e documentos virtuais estão sendo testados ou gradualmente implantados em diferentes aeroportos para proporcionar uma jornada com menos contato para os passageiros, algo essencial para a retomada do setor em um mundo de rígidas regras sanitárias.
As soluções da Genetec estão presentes em diversos aeroportos pelo mundo, 27 deles na América Latina e 17 só no Brasil. Entre eles, o recém-renovado Floripa Airport , o BH Airport – um dos maiores em termos de conexões no Brasil – e o RioGaleão , além da implementação em Congonhas, que deverá ser concluída em breve. Isto significa impacto anual no embarque de 90 milhões de passageiros anualmente, somente no Brasil.
Ao estudar os dados do setor e preparar seu relatório de tendências, a Genetec identificou pontos de atenção específicos para diferentes regiões. “Na América Latina, além dessas questões mencionadas, vemos que é muito importante o controle de perímetro, ou seja, monitoramento de todo o entorno do aeroporto, que normalmente são áreas de pouca circulação de pessoas e pouca iluminação, o que favorece roubos, inclusive de cargas”, completa Ferreira.
As soluções da Genetec também atendem a uma das principais necessidades do mercado de tecnologia – a cibersegurança. “Isso porque sabemos que para oferecer segurança física é preciso total atenção aos ataques virtuais, cada vez mais constantes, o que nos faz trabalhar para oferecer a maior proteção possível em termos de cibersegurança, especialmente levando em conta a responsabiliade imposta aos operadores no âmbito da LGPD”, detalha Ferreira.
O Sistema da Genetec aponta, por exemplo, quando um equipamento precisa de atualização de firmware e é o único no mundo que possui certificação de acordo com o padrão UL 2900, nível 3. “Neste sentido, todos os nossos parceiros tecnológicos devem possuir o mesmo padrão de engajamento, haja vista que os custos de um vazamento de dados podem ser infinitamente maiores que o investimento em segurança”, ressalta Ferreira.
Projeção de crescimento no pós-covid.
A indústria da aviação vem sofrendo desde 2020 com a redução do fluxo de passageiros, os custos da força de trabalho e a queda nas receitas. Foi uma mudança repentina e radical nas operações. De acordo com a ACI World, o tráfego global de passageiros havia caído a uma taxa sem precedentes de -94,4% em abril de 2020 considerando o período de um ano. Os aeroportos agora lidam com incertezas e o desafio de tomar decisões urgentes, a fim de voltar à rota da forma mais rápida e tranquila possível.
Mesmo assim, com o controle da pandemia, as projeções para o setor são de crescimento do tráfego aéreo e, consequentemente, do número de pessoas circulando nos aeroportos. O gerenciamento de ocupação e o controle do fluxo de pessoas já vinha se tornando cada vez mais importante, até para evitar a formação de filas e melhorar a experiência do passageiro. “Agora, com as questões sanitárias em mente, isso se torna algo essencial. Por isso, é necessário que os aeroportos tenham não apenas bons equipamentos, mas pessoal muito bem treinado e uma solução que receba imagens e dados e entregue informações inteligentes”, diz Ferreira .
A Genetec ainda é pioneira em permitir a unificação da segurança de forma totalmente integrada com a AODB (Airport Operations Data Base), que permite ainda gerenciar múltiplos eventos por intermédio da correlação entre os dados de segurança e os dados operacionais do aeroporto. “Com as informações dos bilhetes vendidos, check-in online realizados e presenciais que serão realizados, é possivel prever quantas posições de check-in, inspeção ou controle de passaporte serão necessárias para manter o distanciamento seguro e cumprir com as normas regulamentais. Outro benefício é poder prever a ocupação de uma sala de embarque no caso de possível atraso de uma aeronave em voo ou na partida, além de outras inúmeras possibilidades”, explica Ferreira.
A partir do Security Center , uma plataforma unificada e amigável de gestão da segurança, a Genetec entrega soluções integradas de videomonitoramento, controle de acesso e leitura de placas, interligadas também com os sistemas de gestão dos aeroportos. Ao centralizar as informações e apresentá-las de forma estratégica, a plataforma permite uma tomada de decisão mais rápida e assertiva em situações das mais simples às mais complexas, como a formação de filas no check-in, um roubo ou até mesmo uma tentativa de invasão à pista.
Confira a lista de tendências do setor de aeroportos:
América Latina
1 – Cibersegurança
2- Monitoramento do nível de ocupação
3- Fluxo de passageiros
4- Eficiência em processos e automação
Global
1- Tecnologia sem contato
2- Biometria
3- Parcerias e colaborações
4- Automação / Autoatendimento
5- Uso eficaz de dados para eficiência operacional / interconectividade do sistema
6- Gerenciando ocupação e distanciamento físico
7- Robótica
8- Inteligência Artificial e Machine Learning
9- Digital twin
10- Análise preditiva
11- Gerenciar o fluxo de passageiros / melhorar a viagem do passageiro
12- Cibersegurança
13- Gerenciamento de intrusão de drones
14- 5G em aeroportos
15- Sustentabilidade