por Paulo Musa*
Para qualquer organização, a segurança e a estabilidade operacional são de extrema importância, uma vez que garantem a continuidade dos negócios e protegem os ativos. Dessa forma, é fundamental reconhecer e analisar os fatores que podem afetar negativamente o desempenho, a continuidade e a integridade da empresa.
Esses fatores são chamados de ‘riscos operacionais’ quando estão relacionados às atividades, processos, sistemas e recursos internos da organização e de ameaças à segurança patrimonial, quando podem comprometer a proteção dos bens, das pessoas e das informações da organização, provenientes de fontes externas ou internas. Nesse sentido, esses riscos e ameaças podem causar perdas financeiras, operacionais, reputacionais ou legais.
Mas diante a esses casos, por que identificar riscos é importante? E a resposta é simples: o processo de reconhecimento das questões à segurança patrimonial representa o ponto de partida fundamental na prevenção de problemas significativos.
Dessa forma, é possível definir algumas etapas importantes para identificar riscos operacionais e de segurança patrimonial.
Dentre os quais, estão:
– Estabelecer escopo e objetivos da análise de riscos, considerando o contexto interno e externo da organização.
– Realizar reuniões e workshops direcionados aos colaboradores para reunir informações e insights de diferentes áreas da organização.
– Listar ativos e processos críticos, que são essenciais para o cumprimento da missão, da visão e dos valores da organização.
– Identificar as fontes e os agentes de risco em relação às causas potenciais ou reais que podem gerar eventos indesejados que afetem os ativos críticos da organização, bem como determinar quais ameaças podem afetar esses ativos e processos.
– Indicar os cenários de risco, ou seja, situações hipotéticas que descrevem como um evento indesejado pode ocorrer.
– Avaliar os riscos estimando o nível de exposição da organização a esses cenários, considerando a severidade das consequências e a frequência dos eventos indesejados.
– Classificar os riscos ordenando os cenários de risco de acordo com o nível de exposição da organização.
– Comunicar e documentar os resultados da análise de riscos, apresentando os cenários de risco identificados e avaliados, as metodologias e ferramentas utilizadas (como matrizes de risco, árvores de falha, análise SWOT, etc).
– Desenvolver planos de ação com base na análise de riscos para reduzir a probabilidade e o impacto das ameaças identificadas.
– Monitorar e atualizar a identificação de riscos de forma periódica, bem como revisar e atualizar os planos de ação.
A identificação de riscos operacionais e ameaças à segurança patrimonial representa um pilar fundamental na gestão eficaz de qualquer organização. Esse processo não é um evento pontual, mas sim uma jornada contínua que demanda o comprometimento de toda a equipe e uma análise minuciosa dos ativos, procedimentos e riscos envolvidos.
Ao adotar uma abordagem proativa na identificação e avaliação de riscos, as organizações garantem uma proteção sólida contra possíveis problemas significativos e, ao mesmo tempo, asseguram a contínua eficiência das operações. Com isso, a segurança patrimonial e a gestão de riscos operacionais não devem ser encaradas como despesas, mas sim como investimentos vitais para o êxito e a sustentabilidade de qualquer empreendimento.
*Paulo Musa é consultor master em Segurança Empresarial e Residencial da ICTS Security, empresa de origem israelense que atua com consultoria e gerenciamento de operações em segurança.