Após 8 anos, Hospital Salvalus, na zona leste de São Paulo, atualiza seu software de vídeomonitoramento para aproveitar novos recursos de IA sem precisar trocar toda sua infraestrutura
No ranking de verticais mais exigentes em suas operações de segurança, a de saúde certamente figura entre as primeiras, com o setor privado investindo pesado nas mais avançadas tecnologias disponíveis. Não só pelo aspecto óbvio de estarem lidando diretamente com a manutenção e proteção da vida das pessoas, mas também pelos benefícios de otimização de negócio que podem alcançar com essas soluções.
Sendo um dos mais importantes centros médicos privados da zona leste do município de São Paulo, o Hospital Salvalus está passando por uma modernização em seu sistema de segurança. Parte da estrutura da operadora de plano de saúde GreenLine, o espaço opera 24 horas por dia realizando diversos tipos de exames e atendimento nas áreas de pediatria, ginecologia, ortopedia, otorrinolaringologia e cardiologia, desde a maternidade até a geriatria.
Ao fim da atualização, empreendimento possuirá mais de 900 câmeras com capacidade analítica em todos os principais fluxos do hospital
Como parte da sua estratégia, o empreendimento sempre apostou na tecnologia como aliada para oferecer proteção para seus clientes. De acordo com Hebert Silva Oliveira, coordenador do Departamento de Segurança Patrimonial da GreenLine Saúde, o local conta com um sistema de vídeomonitoramento da Pelco com 800 câmeras IP e Full HD desde a sua construção, há cerca de 8 anos. “Monitoramos principalmente os fluxos de pessoas, incluindo recepção, corredores de acesso, elevadores e algumas áreas críticas para o atendimento, como farmácia, centro cirúrgico, central de materiais, UTI neonatal e maternidade, além de também monitorarmos áreas administrativas e o perímetro próximo, incluindo as Ruas Bresser, Frei Gaspar e Ipanema”, explica.
Em cada andar são de 12 a 20 câmeras, divididos entre os modelos mini-domes, domes e box Sarix IL10, IM10DN10-1E e IM10C10-1 até as bullets EP Sarix da série IXE20, gerenciadas pelo software proprietário da Pelco, o Endura, com processamento e gravação nos NVRs, NSM5200. A conectividade é feita de maneira horizontal: em cada andar, a equipe de TI disponibiliza as portas de switch necessárias, conectando-as por fibra óptica à central técnica e, posteriormente, à central de monitoramento.
Como não poderia deixar de ser, ao longo dos anos, o Hospital passou por diversas adequações e ampliações em sua infraestrutura física. Atualmente, conta com dois blocos de 13 andares, além de subsolos, com várias entradas, tanto para visitantes quanto para funcionários e fornecedores, lidando com um fluxo médio de 5.500 a 6.100 pessoas por dia em suas 18 catracas de acesso. Apesar dessas mudanças, a videovigilância permaneceu a mesma. “Há 8 anos foi adquirido uma solução de ponta, totalmente IP, com uma central de monitoramento avançada para a época. O que acontece é que esse sistema e esses equipamentos não foram atualizados de lá para cá”, disse Oliveira. “Hoje, temos muitos recursos que estão disponíveis no mercado que podem ajudar no controle da segurança, como vídeo analíticos fazendo a câmera trabalhar ao nosso favor e a integração com nossas catracas, por exemplo”.
Por isso, desde o começo do ano, a gestão tem buscado formas de modernizar o seu sistema, encontrando na consultoria da Equalipro um atendimento personalizado e adequado às suas necessidades. “Não conhecíamos outras empresas que trabalhavam especificamente com a Pelco, nossa fornecedora atual. Além disso, quando a Equalipro chegou aqui, eles ficaram quase 3 meses só fazendo análise para entender o que realmente nós precisávamos”, explicou o coordenador da GreenLine Saúde. “Ao propor o projeto, eles não saíram falando que tínhamos que trocar todas as câmeras, mas nos mostraram possibilidades do que podia ser realizado, mostrando o caminho, para que nós definíssemos qual era a prioridade dentro da nossa necessidade de negócio”.
Todo o processo é baseado na metodologia de trabalho Rating da Equalipro, um sistema que analisa as vulnerabilidades por meio de centenas de variáveis correlacionando a tríade SHP – Sistema | Homem | Procedimento.
“O primeiro passo foi entender as vulnerabilidades dentro do mapeamento geográfico do hospital. Levantamos quais eram os setores críticos que agregam valor ao hospital, onde é preciso ter prioridade no monitoramento”, explicou Leandro Santos, sócio-proprietário da Equalipro. “Depois disso, percebemos algumas mudanças nos layouts das salas, com divisões por drywall, o que fazia com que a câmera perdesse o campo de visão inicial e não fizesse mais sentido naquele ponto. Além disso, havia uma parcela dos dispositivos inativos, muitas vezes com pequenos defeitos apenas no cabeamento e conectorização, ou apenas monitorando, causando inconsistências na gravação por conta do software desatualizado particionar o storage apenas para um determinado grupo de câmeras, sem ter a inteligência de aproveitar espaço disponível em outro storage”.
De acordo com Oliveira, esse cenário dificultava a investigação das ocorrências que ocorriam dentro do hospital. “Em um mundo onde temos 800 câmeras, identificar exatamente qual a câmera estava com problemas e fazer a manutenção delas exigiria uma equipe qualificada muito grande”, defendeu.
Feito o mapeamento, a equipe da Equalipro utiliza ferramentas como o AutoCAD para posicionar todo o sistema em uma planta do empreendimento e gerar um plano de ação a partir disso. No caso do Salvalus, esse plano baseou-se em três principais etapas: a manutenção dos dispositivos, a atualização do software de gestão e a ampliação do sistema de videomonitoramento.
“Geramos um escopo de necessidades de serviços e equipamentos e entregamos para a equipe de compras do Hospital com algumas sugestões de empresas parceiras. A contratada para fazer a manutenção e validar os novos pontos, passando o cabeamento, é a Delta Uno que alocou 8 profissionais para trabalhar de dia e a noite no Hospital durante aproximadamente 2 meses”, ressaltou Santos.
Paralelamente à esse trabalho, a atualização do VMS para a versão mais recente do software da Pelco, o VideoXpert, traz inteligência e novas possibilidades para a estrutura. Além da capacidade de lidar com o storage de maneira inteligente e notificar o operador em caso de falha de uma câmera, o sistema permite a implantação de vídeo-analíticos para otimizar a operação.
“O principal benefício que podemos tirar para a área de segurança é o controle efetivo das entradas e saídas, criando um banco de dados e identificando imediatamente qualquer infrator que tente entrar no hospital através do reconhecimento facial”, destacou o coordenador da GreenLine Saúde. “Além disso, podemos melhorar a eficiência do negócio, facilitando a entrada de médicos e fornecedores com o reconhecimento de placas, controlando os horários de entrega com mais precisão, buscando por uma pessoa em específico em todo o hospital e configurando alarmes para notificar supervisores caso o fluxo em uma das recepções ou no pronto socorro esteja muito alto”.
Para Leandro Santos, o analítico torna a identificação de riscos um processo automático e sistêmico, permitindo que a equipe de segurança atue apenas através de uma ação ou evento específico. “Os carrinhos de parada, por exemplo, só podem ser direcionados para outro setor se tiverem uma certa autorização. A análise de vídeo permite delimitar uma zona em volta desse carrinho para identificar qualquer movimento e notificar o operador no mosaico de vídeos para que ele direcione a equipe via rádio para reagir adequadamente ao evento”.
Por fim, na última etapa do processo de modernização, a compatibilidade com o protocolo ONVIF da última versão do VideoXpert permitirá a instalação de mais 132 novas câmeras da Intelbras para atender novos locais e setores que precisam complementar seu monitoramento.
“Estamos otimizando todos os processos e controles dentro do hospital, pensando na melhoria do tratamento dos nossos pacientes, visitantes e também nos nossos colaboradores, fornecedores e médicos. Tudo isso é uma preocupação da GreenLine para que o nosso cliente se sinta em um ambiente seguro e nossos colaboradores possam se focar naquilo que realmente importa: prestar a assistência adequada ao nossos pacientes”, finalizou Oliveira.
“Como referência no segmento, o Hospital Salvalus agora com o VMS mais avançado da Pelco, o VideoXpert, possui uma solução com design intuitivo e capaz de utilizar diferentes analíticos, por ser uma solução 100% aberta, permitindo que seus profissionais tomem decisões rápidas e eficazes”, pontuou Wesley de Moraes, gerente regional de vendas da Pelco by Schneider Electric. “A Pelco by Schneider Electric possui soluções avançadas para atender as demandas dos ambientes mais exigentes e se orgulha de continuar colaborando para melhorar a segurança e os negócios do Hospital Salvalus, conforme a demanda por inteligência artificial cresce no mercado”.