A construtora e incorporadora Vegus enxergou uma oportunidade de oferecer valor agregado para seus clientes entregando um sistema de gestão de segurança completo desde a inauguração dos seus mais novos empreendimentos
Na realização de qualquer grande projeto, o planejamento é uma etapa tão – ou até mais – importante quanto a execução em si. Afinal, um planejamento bem feito diminui, quase que na mesma escala, as possibilidades de erros e atrasos no processo. Em uma área multidisciplinar como o da construção civil, a capacidade de planejar todas as etapas da obra e da entrega para o cliente se torna ainda mais imperativo para melhorar a rentabilidade do negócio e oferecer diferenciais a mais para o cliente.
Com isso em mente, a construtora e incorporadora Vegus tem tocado seus negócios desde 1997 com uma proposta de estar presente do início ao fim dos projetos, sendo responsável desde o estudo de viabilidade e compra do terreno até o acabamento e entrega final das chaves para os clientes-finais, oferecendo serviços personalizados de acordo com a necessidade do público de cada região. Ao todo, a Vegus já comercializou mais de 8 mil unidades residenciais e comerciais, especialmente em São Paulo e região metropolitana.
Empreendimentos Cube Office e The Gate já serão entregues com um sistema completo de segurança com mais de 100 câmeras cada
Algo que até então era encontrado apenas em projetos de alto padrão, a incorporadora sentiu a necessidade de oferecer mais um diferencial em seus dois projetos mais recentes. Localizados em Guarulhos, na Grande São Paulo, os prédios Cube Office, um empreendimento comercial de 18 pavimentos no centro da cidade com opções de salas de 37 a 310 m², e o The Gate, um complexo residencial de três torres com apartamento de 66 a 81 m² com espaços de lazer diversificados, já serão entregues com um sistema de gestão de segurança completo.
“Muitas pessoas saem de casas para ir para condomínios justamente por conta da segurança, além da área de lazer. Elas querem deixar os filhos brincando no térreo de maneira tranquila”, defende Fabio Pongelupp, gerente de projetos da Vegus. “É fundamental investir em um sistema de gestão de segurança porque há muitos processos falhos. O ser humano erra e os criminosos sempre dão um jeito de burlar uma regra ou aproveitar o efeito carona para entrar no prédio, então é fundamental investir em sistemas de segurança para mitigar esses riscos ao máximo”.
Desde a planta
Sendo a responsável por todo o projeto, a Vegus pôde aproveitar a oportunidade de pensar na implementação destes sistemas antes mesmo da obra iniciar. “Fazer o planejamento antes de executar é fundamental. A Vegus conta com mais de 20 escritórios especializados, desde arquitetura, fundação, estrutura, vedação, pressurização, paisagismo até bombeiro, hidráulica e elétrica”, explicou o gerente de projetos. “Foi importante trazer o sistema de gestão de segurança já para a etapa de projeto porque existe toda uma infraestrutura necessária para que o sistema funcione que, às vezes, é embutida na laje, na parede, no forro ou precisa de uma canaleta ou bandeja para passar os cabos. Seria um desperdício de tempo e dinheiro pensarmos em tudo, colocarmos um revestimento nobre e depois precisar rasgar a parede para passar a infra de segurança”.
Para isso, a construtora buscou o auxílio de uma empresa especializada em consultoria de segurança para condomínios, a Equalipro. “Orçamos com várias empresas e fizemos reuniões, mas a ideia era justamente fechar uma parceria onde essa consultoria iria entender a real necessidade do ambiente e nos mostrasse como funcionam os equipamentos e tecnologias, e não simplesmente vender um determinado número de câmeras”, ressaltou Pongelupp. “A Equalipro foi a empresa que apresentou a proposta mais aderente ao que estávamos esperando e, a partir de agora, todos os nossos projetos devem contar com a parceria deles”.
Para o diretor de Equalipro, Leandro Santos, estar presente em um projeto junto a uma construtora desde antes da execução da obra traz vantagens e desvantagens. “A vantagem é a facilidade em trabalhar com o caminho livre na hora da instalação dos equipamentos. O instalador não precisará quebrar a parede ou enfiar a mão em lugares de difícil acesso, por exemplo”, diz. “As desvantagens são precisar trabalhar com um perfil diferenciado na hora da execução, em horário que se adeque a obra e com outros profissionais que também estarão presentes lá, como elétrica e hidráulica, além de toda a exigência de documentação e alguns entraves que podem acontecer por conta de etapas que precisam ser cumpridas antes de conseguirmos dar continuidade à instalação dos equipamentos”.
Acessível e preparada para o futuro
Por ser um empreendimento comercial, a torre única do Cube Office, inaugurado em julho de 2019, exigiu quase a mesma quantidade de câmeras que as três torres do The Gate irão demandar. “Consideramos o Cube como um prédio semi-público, já que não há grades ou portões e os únicos pontos de bloqueio de acesso já são dentro do prédio. Por isso, investimos bastante no monitoramento de todo o perímetro, das linhas de acesso e colocamos três câmeras em cada andar, além da sala de segurança possuir um vidro para visualizar o térreo diretamente e ter maior controle no gerenciamento de qualquer crise”, explica Santos. Ao todo, são 125 câmeras no prédio comercial e 110 câmeras no residencial.
Toda a infraestrutura de conectividade e câmeras são da Intelbras, variando entre os modelos bullet e dome de 1 MP, com lentes de 2.8 ou 3.6 mm e IR de 20 ou 30 metros. “Optamos por não utilizar a resolução mais alta porque entendemos que, dentro do campo de visão necessário para o condomínio na faixa de 15 metros nos corredores e 30 metros nas áreas externas, não havia necessidade de 3 MP de resolução com 50 metros de IR, por exemplo”, explica Leandro.
“O gerente de TI da Vegus é bastante exigente e, até por isso, nós sempre respeitamos o limite de 90 metros entre a câmera e os switches concentradores nos andares que, posteriormente, são conectados à Central de Processamento de Dados do prédio. Assim, evitamos perdas de quadros”, explicou Leandro.
Nos elevadores, em especial, o diretor de Equalipro aponta que optaram por trabalhar com rádios WOG para a conexão e transmissão das imagens. “Com o rádio, nós praticamente zeramos a necessidade de manutenção já que evita o atrito nos cabos”, pontua. “Aproveitamos o formato do elevador e posicionamos a câmera no canto próximo a porta para que fosse possível monitorar a entrada das pessoas a partir do reflexo do espelho ao fundo e sem pontos cegos”.
Para o controle de acesso no Cube Office, a Equalipro implantou quatro catracas no térreo e uma no subsolo da marca Control iD, gerenciados a partir do software em nuvem iMódulo. “A sugestão era que as catracas tivessem apenas leitor de cartão de proximidade, mas conseguimos um benefício com o fornecedor e conseguimos implantar três catracas com leitores de proximidade e biometria, sendo duas no térreo e uma no subsolo”.
“Quando chegamos ao projeto, a Vegus até tinha algumas sugestões de outras marcas para trabalharmos, mas que já conhecíamos e não eram adequadas para aquela necessidade”, pontua Santos. “Precisávamos elaborar um projeto acessível, porque sabemos que é oneroso para um projeto de médio padrão como são os prédios da Vegus, mas que trouxesse boas especificações, por isso optamos por essas marcas”.
A implantação de todo o sistema de câmeras e controle de acesso também permitirá a criação de um novo espaço diferenciado para os moradores do The Gate. Batizado de Waiting Point, o local permitirá que os moradores aguardem a chegada de táxis, vans escolares e veículos de aplicativos em um local seguro dentro do condomínio. “Vemos reportagens onde o morador chama um Uber ou o Taxi, sai do portão e, enquanto espera, é assaltado. O Waiting Point ficará dentro do condomínio, com um monitor de 50” onde os moradores poderão visualizar um aplicativo que realizará a leitura das placas dos veículos. Além disso, a equipe de segurança até poderá saber se aquele veículo foi furtado ou roubado através de uma integração que faremos com o SINESP (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública)”, explica Pongelupp.
Segundo Santos, a elaboração do projeto de segurança para os prédios demorou cerca de três meses, e a implantação da infraestrutura e dos equipamentos, dois meses.
Na finalização da obra, a Vegus e a Equalipro também elaboram um memorial descritivo de cada equipamento para entrega à administradora de cada condomínio. “Assim que finalizamos a entrega da documentação técnica, nós oferecemos seis meses de garantia de serviço e 12 meses de garantia dos equipamentos, até excedendo o tempo de garantia que a fábrica nos fornece já que ela começa a valer a partir do momento que nós compramos o equipamento”, explica o diretor da Equalipro. “Além disso, o nosso core é o treinamento, então realizamos diversos testes de invasão em parceria com a administradora dos condomínios para identificar pontos de falha, não no sentido de criticar os controladores de acesso, mas sim de encontrar o caminho para melhorar a segurança. A cada 10 testes que fazemos, 8 tem efetividade e, na maioria dos casos, é por falha de processo”.
Inaugurando essa nova proposta para empreendimentos de médio porte, a Vegus acredita que sistemas de segurança serão um diferencial imprescindível para seus negócios futuros. “A Vegus percebeu essa tendência e, em todos os nossos condomínios a partir de agora, vamos entregar todo o sistema de câmera e controle de acesso já na inauguração”, finaliza Pongelupp.
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