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CASE STUDY Mackenzie: Segurança e atualização tecnológica como estratégia de negócio

Por Gustavo Zuccherato

Desde 2011, o Mackenzie mudou sua abordagem em segurança migrando seu sistema de CFTV analógico para IP

Faculdades e universidades são, por natureza, espaços desafiadores. Seja buscando a inovação com seus estudos de ponta nas diversas áreas de conhecimento, na formação da próxima geração de profissionais-cidadãos ou na busca de maior eficiência em sua própria operação, não há como negar que existe toda uma complexidade e dificuldades em gerir uma organização para se tornar referência em nível nacional e internacional.

Com uma equipe qualificada e infraestrutura de mais de 500 câmeras IP da Panasonic, o Mackenzie conseguiu diminuir em 90% os crimes dentro de alguns campus

Os espaços são dos mais diversos, indo de pequenos prédios à complexos gigantes de salas de aula, auditórios, laboratórios e lojas, reunindo milhares de pessoas em ambientes que parecem uma verdadeira cidade dentro de outra cidade. Neste cenário, pensar na segurança do público que circula pelo ambiente é indispensável para a sobrevivência de qualquer instituição, especialmente as privadas, que temem o impacto à sua imagem e até mesmo a espionagem industrial.

Fundada em 1870, o Mackenzie é uma das mais antigas e renomadas instituições privadas de ensino do Brasil, sempre figurando no Ranking Universitário Folha entre as melhores universidades privadas do país desde o início da avaliação em 2012.

Gerida pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie, a universidade de mesmo nome faz parte de um grupo que atua desde o ensino fundamental até a pós-graduação, contando hoje com mais de 40 mil alunos nas cidades de São Paulo, Barueri, Brasília, Campinas e Rio de Janeiro. Na capital e região metropolitana, o campus de Higienópolis possui uma área construída de 117 mil m², enquanto o de Alphaville (Barueri) possui 30 mil m². Em Campinas, são mais 27 mil m², Brasília com 33 mil m² e o Rio de Janeiro com um prédio de 605 m².

Desde 2011, para fortalecer o bem-estar dos seus visitantes e colaboradores, o Mackenzie tem tomado medidas estratégicas com foco na segurança. A primeira delas foi a contratação do Coronel da Reserva da PM e especialista em videomonitoramento, Orlando Taveiros, culminando em um projeto de avaliação de toda a infraestrutura de segurança da instituição.

“Todo e qualquer ambiente onde exista o ser humano, se faz necessário tomar todas as medidas possíveis para que a sensação de segurança nessa ambiência seja solidificada. Uma das propostas era nós buscarmos a tecnologia como algo que fosse ampliar nosso campo de visão dentro do campus”, ressaltou o gerente de segurança.

Todas as quatro entradas do Campus Higienópolis são monitoradas com câmeras fixas e speed domes (Foto: Gustavo Zuccherato/Revista Digital Security)

Com um sistema de segurança ainda totalmente analógico na época, o Mackenzie buscou a consultoria da empresa Systec para avaliar a situação da infraestrutura instalada. O levantamento gerou um Assessment, um documento de mais de 1000 páginas especificando cada componente do CFTV, incluindo câmeras, DVRs e cabeamento de todo o campus Higienópolis.

“Avaliamos todas as características de localização e técnicas dos sistemas, como se uma câmera tem uma quantidade de linhas e colu-nas de resolução su cientes para o ambiente ou se ela tem certificação IP66, por exemplo, colocamos tudo isso com imagens demonstrativas no Assessment e definimos um índice de obsolescência dos equipamentos”, relata Iatyr Marques Cesquim, diretor-executivo da Systec. “Esse documento foi submetido pela gerência de segurança à direção do Mackenzie, que de niu algumas etapas de atualização tecnológica e nós desenhamos o atendimento seguindo essas etapas”.

Em um primeiro momento, ainda em 2011, optou-se por substituir um parque de mais de 200 câmeras já ultrapassadas por um sistema totalmente IP, visando a gestão mais facilitada da segurança na faculdade. Para possibilitar isso, toda a infraestrutura de conectividade teve que ser refeita resultando também na construção do Centro de Controle Operacional em uma obra que durou aproximadamente seis meses. “Para se ter uma ideia, nós tiramos aproximadamente 17 km de cabos coaxiais danificados das tubulações”, destaca Cesquim. “Construímos um anel de fibra óptica monomodo de 5 km, que perpassa todo o campus e que já oferecia capacidade de expansões futuras, com melhorias possibilitadas também pela evolução dos algoritmos de compressão”.

Inaugurado em 1896 e tombado como patrimônio histórico, o Prédio 1 representou um desafio a parte: câmeras tiveram que ser instaladas sem causar nenhum dano arquitetônico ou estrutural ao local (Foto: Gustavo Zuccherato/Revista Digital Security)

Tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo, o prédio 1 do campus Higienópolis foi um desafio a parte para a equipe da Systec. “Nós não podíamos fazer nenhuma obra que pudesse ser ofensiva a esse patrimônio, então fizemos um mapeamento de todas as galerias com um sistema de sonar e tubulações do local para aproveitar todo esse caminho para passagem da fibra”, ressaltou o diretor. “Houveram alguns trechos de interligação onde tivemos que fazer algumas pequenas obras, mas sem interferência arquitetônica, preferencialmente passando pelo jardim. Nos trechos onde foi necessário abrir buracos entre uma calçada e outra, nós fizemos a instalação e imediatamente cobrimos com os mesmos materiais. Além disso, fizemos acabamentos personalizados para o Mackenzie, visando esconder a tubulação. O desafio foi fazer com que o sistema funcionasse, sem mostrar que há toda essa estrutura lá”.

Sendo integradora Gold da Panasonic, a Systec implementou diversos modelos de câmeras IP diferentes da fabricante, dimensionadas de acordo com a necessidade de cada ambiente. “As câmeras monitoram todos os pontos de acesso e arredores do campus, além de ambientes internos importantes, como corredores e espaços de exposição, por exemplo”, explica. “O prédio João Calvino, onde é a administração, tem pelo menos duas ou três câmeras por andar, especialmente no hall de elevadores. Nos arredores, também implementamos câmeras PTZ com um zoom poderoso que chega até 600 metros de distância”.

Software proprietário WV-ASM300 permite estabelecer um mapa interativo para facilitar a identificação das câmeras nos locais do campus (Foto: Gustavo Zuccherato/Revista Digital Security)

Como o projeto foi dimensionado em etapas de atualização tecnológica, o campus de Higienópolis ainda conta com parte do sistema analógico em funcionamento. Para incorpora-los na nova estrutura de comunicação baseada em fibra óptica, Cesquim explica que foram utilizados conversores da linha WJ da Panasonic conectados aos DVRs locais de cada prédio ainda em fase de transição. Dispo-níveis em modelos de um até quatro canais, esses dispositivos convertem o sinal analógico de cabos coaxiais em uma única porta LAN para permitir a incorporação no sistema de monitoramento digital.

Para a gestão das imagens, o software escolhido foi o WV–ASM300, proprietário da Panasonic. Com ele, é possível conectar até 100 NVRs e DVRs ao sistema, além de 64 encoders e 256 câmeras diretamente para monitorar um total de mais de 13 mil câmeras com um único software VMS, sem cobrança por licença de câmeras. “Neste software é possível fazer toda a gestão de IPs, o controle de uma série de parâmetros de qualidade, de tempo de gravação e até a gestão do videowall. Também é possível estabelecer gráficos, como uma planta-base do empreendimento, no qual o operador pode clicar em cima das câmeras posicionadas nessa planta e abrir o stream de vídeo daquela câmera. São recursos intuitivos que facilitam a operação”.

Com a evolução da relação ao longo dos anos, a Systec seguiu realizando atualizações periódicas no sistema, instalando e agregando a infraestrutura IP em áreas diferentes e prédios novos. Em 2016, por exemplo, foi a vez da área infantil do Mackenzie e do prédio do MackGraphe, centro de referência mundial em pesquisas sobre o grafeno, receberem novos sistemas. “Foram cerca de 90 câmeras somente no MackGraphe, um projeto de primeiríssima qualidade que exigiu um cuidado especial, por precisar ser protegi-do até mesmo de espionagem industrial, com um ambiente extremamente controlado na entrada e saída de pessoas que estão ali fazendo seu trabalho”, reforçou o diretor-executivo da Systec. Entre os recursos citados como diferenciais neste sistema em específico está a criptografia de vídeo AES-256bit, evitando a invasão de ciber-criminosos ao sistema.

Conversores WJ da Panasonic permitem aproveitar a infraestrutura analógica já existente até a migração completa para um sistema IP (Foto: Gustavo Zuccherato/Revista Digital Security)

A parceria também se estendeu para além do Campus Higienópolis, chegando também à unidade de Campinas, onde a Systec projetou, forneceu e instalou toda a estrutura de CFTV, e à de Barueri, no qual a empresa fez a venda das câmeras, somando mais de mil câmeras Panasonic fornecidas à instituição.

Para Cesquim, essa migração representa uma mudança radical de filosofia. “Quando você tem um sistema analógico, há os DVRs gravando as imagens e acabou. Hoje, por outro lado, o Mackenzie possui um Centro de Controle Operacional completo em cada um dos seus campus, com três computadores funcionando 24 horas por dia, um videowall de 10 telas de 46 polegadas, com um software inteligente que facilita a visualização e a gestão dessas imagens em tempo real”.

“Antigamente, o Mackenzie chegou a registrar em torno de 60 casos de furto por mês. Hoje, esse mesmo número está quase zerado e está caindo cada vez mais”, pontua o diretor da Systec. “Todo esse aparato tecnológico, aliado à forma de gerir diferenciada, com um corpo de segurança e ciente, trouxe um resultado surpreendente que lá na frente também será um instrumento de venda para a universidade, refletindo em mais alunos que também buscam no ensino privado um local protegido para estudar”.

O grande diferencial desta parceria, segundo Orlando Taveiros, é que as câmeras IP da Panasonic, aliadas à experiência e treinamento da equipe de monitoramento do Mackenzie, tornaram a segurança dos campi mais efetiva e, com isso, o número de incidentes caiu em mais de 90%. “O diferencial de atendimento, pós-vendas e as pessoas comprometidas e apaixonadas pelo que fazem é o que nos fizeram escolher esse tipo de produto e marca que é a Panasonic junto à Systec”, disse o gerente de segurança do Mackenzie.

“A Panasonic é uma marca de altíssima qualidade e confiabilidade em termos de investimento. De todas as câmeras IP que instalamos na primeira fase do Mackenzie, nenhuma deu defeito. Já são 7 anos em que a tecnologia ainda se mantêm recente e funcionando através de atualizações de firmware da fabricante”, ressaltou Cesquim. “Atuamos desde a consultoria e concepção do projeto até a instalação, configuração e treinamentos das equipes de segurança, fornecendo uma solução ‘turn-key’ para o cliente. A Panasonic confia em nosso trabalho e nós confiamos que estamos fornecendo a melhor tecnologia ao mercado”.

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