A startup criou um aplicativo para simplificar a contratação de técnicos autônomos de segurança
As startups estreiam na Exposec 2018, principal feira do setor da América Latina que acontece agora, entre 22 a 24 de maio, no São Paulo Expo, em São Paulo. As oito empresas escolhidas para integrar a Ilha de Startups apresentam soluções para o uso de mão de obra técnica; controle de acesso; monitoramento online e proteção para entrada e saída de condomínios e casas.
Neste segundo dia do evento, a equipe de reportagem da Digital Security conversou com Elinson Martins, diretor de operações da Tranpo, uma das startups que participam dessa ação inédita da Exposec. A plataforma da Tranpo (web e app) reúne, de um lado, empresas de grande e médio porte contratantes e, de outro, técnicos autônomos de segurança para promover serviços de instalação e manutenção. A empresa contratante emite uma O.S. (Ordem de Serviço) no sistema, que a envia como convite para o smartphone dos técnicos homologados para aquele serviço. Ele aceita e, via app, se comunica, elabora relatório, tira fotos do serviço e finaliza o atendimento no cliente. Ao final do processo, o técnico é avaliado e a OS posta a fatura, simplificando a gestão da contratante e prestadora.
Segundo Martins, a homologação é baseada em aptidões, experiência, cases e conhecimento do técnico sobre modelos e marcas especificas de equipamentos. “Muitas vezes o cliente precisa de um profissional com conhecimento em determinada marca ou que possa atender em um local mais afastado dos grandes centros, como, por exemplo, no interior da Bahia”, explica. A empresa também exige certificação quando há solicitação do cliente, basta o técnico preencher um formulário e fazer o upload do documento.
A empresa tem quase 10 meses de atuação e conta com uma rede de técnicos distribuídos por todo o País, com 500 profissionais cadastrados e 100 atuantes. Quando o atendimento acontece em São Paulo, a startup acompanha os primeiros serviços. Do valor ofertado na O.S, 15% fica para a Tranpo, que atualmente faz uma média de 5 a 10 atendimentos por dia. “A meta é chegar em 300 O.S por dia até o final de 2018”, destaca Martins.
Ilha de Startups na Exposec
A Ilha de Startups reúne empresas que originalmente são membro do Comitê de Startups ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança) com a meta de aproximar as empresas com tecnologias e modelos de negócio emergentes em Segurança, do mercado real, acelerando a validação, desenvolvimento e expansão de seus negócios. Empresas participantes: Tranpo, Magikey, Loopkey, Áudio Alerta, Bairro Seguro, Rediseg, Retina Vision e Zelo Segurança.
De acordo com Selma Migliori, presidente nacional da Abese. “Uma vez que o mercado de segurança é bastante forte em São Paulo, esperávamos que aqui estariam as principais startups do segmento. Mas vimos que não, que há startups de Minas, Santa Catarina, Brasilia, Pernambuco, Rio Grande do Sul. O que mostra o quanto nosso setor está fortalecido”, diz Selma.
A presidente da ABESE conta que as principais oportunidades de negócio dentre as oito escolhidas estão no ganho de eficiência. A Tranpo é focada no uso de mão de obra técnica; a Magikey e a Loopkey, para o controle de acesso; a Áudio Alerta, para monitoramento online através de áudio; a Bairro Seguro e Rede Segue focam-se na colaboração em prol da segurança, e a Zelo apresenta um produto com foco proteção para entrada e saída de condomínios e casas.
As empresas não-selecionadas para a ilha na Exposec serão convidadas a participar dos comitês da ABESE, terão acesso aos benefícios da iniciativa. “A ilha é o primeiro e grande passo do comitê de startup. Temos muitos objetivos, como a mentoria de profissionais de empresas tradicionais dentro das startups, novos conceitos de novos produtos dentro das empresas, buscar oportunidades de investimento – não faltam possibilidade de novas ações”, diz.