Em evento da Huawei, operadora apresentou resultados de projeto-piloto com reconhecimento facial durante o Carnaval em Copacabana – abrindo caminho para uma relação mais próxima com o segmento de segurança
Na quinta-feira (9), a Huawei promoveu em São Paulo o Huawei Enterprise Brazil Summit, um encontro para apresentar suas novidades tecnológicas, posicionamento estratégico e celebrar suas parcerias no país. Além dos pronunciamentos e apresentações da fabricante chinesa, o Summit reservou espaço para que alguns dos principais parceiros e clientes da companhia no Brasil pudessem mostrar suas estruturas e propostas para disseminar o uso das tecnologias de segurança, redes e inteligência artificial em seus respectivos mercados.
Sendo trabalhada no Brasil pelo menos desde o último trimestre de 2018, a parceria com a Oi para a implantação da plataforma de Smart City, Huawei VCM, foi um dos grandes destaques quando se fala em aplicações para segurança. O sistema agrega diversas soluções de monitoramento IoT espalhadas por todos os locais públicos ou privados, incluindo estádios de futebol, rodoviárias, metrô, aeroporto, ruas e avenidas, entre outros, oferecendo recursos baseados em inteligência artificial, como alarmes de detecção de acesso indevido a área restrita e comportamentos suspeitos, reconhecimento facial automático e leitura de placas.
Durante o carnaval deste ano, as companhias realizaram um projeto-piloto em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, implementando 30 câmeras de reconhecimento facial e de placas pela orla e arredores da Praia de Copacabana.
Na apresentação, conduzida pelo diretor de tecnologia da Oi, Andre Ituassu, a companhia apresentou alguns dos resultados dessa iniciativa. “A Huawei forneceu a infraestrutura tecnológica, enquanto a Oi ficou responsável pela infraestrutura de conexão, com a operação ficando a cargo dos órgãos públicos de segurança”, explicou. Ao todo, foram mais de 3 milhões de faces únicas detectadas durante o período e aproximadamente 8 mil pessoas identificadas em blacklists de pessoas foragidas, suspeitas ou desaparecidas.
Para além disso, o executivo também trouxe a visão do que a Oi acredita ser o próximo passo da jornada de transformação digital: as “Smart Transformations” que vão além da implantação das tecnologias digitais. “Deixamos de ter uma transformação meramente tecnológica e passamos a ter uma transformação inteligente, muito baseada na inteligência artificial. Assim, não falamos mais de câmeras conectadas, mas sim de gestão para segurança pública, para transportes visando melhor mobilidade, para atendimento a emergências, com algoritmos que identificam potenciais ameaças e ajudam no combate e resolução de problemas de desordem, de tráfico de drogas e de armas, de crime organizado, desastres naturais, entre outros”, explica.
Para tornar essas Smart Transformations algo real, a companhia também indica que deve atuar através de parcerias para construção de um ecossistema para atender cada um desses projetos, o que pode ser uma oportunidade para profissionais e empresas de segurança daqui para frente. “As parcerias são inerentes a qualquer solução. Não podemos pensar que somos capazes de fazer tudo porque esse modelo não funciona”, pontua. “O que precisamos agora é organizar esse ecosssitema de devices e plataformas para que ele se fale, se integre e possa obter as melhores informações que podem ser geradas por essas conexões”.