Por Eduardo Tardelli*
Ter uma grande carteira de clientes ativa, sendo, a maior parte, fidelizados e recorrentes é o desejo de qualquer empresa e empresário, justificando, muitas vezes, o alto valor na aquisição do lead. Com um LTV (Life Time Value) grande, se tem um gap maior para gastar na aquisição, além de muitas vezes tornar o comprador/usuário um “advogado” da marca.
80% dos brasileiros estão diminuindo sua fidelidade em níveis que afetam o lucro das empresas
A aspiração é grande, assim como o desafio de conquistar esse patamar. A pesquisa “Vendo além da ilusão de fidelidade: é hora de investir de forma mais inteligente”, da Accenture Strategy, empresa global de consultoria de gestão, Tecnologia da informação e outsourcing, aponta que 80% dos brasileiros estão diminuindo sua fidelidade em níveis que afetam o lucro das empresas. Junto a isso, a grande maioria dos consumidores (83%) trocaram de fornecedores de um ano para outro e 36% confiam que suas expectativas sobre fidelidade de marca mudaram completamente.
É fato: o consumidor brasileiro é infiel e o adversário (a concorrência) enorme. Ao empresário, cabe buscar, diariamente, alternativas para manter o faturamento de vendas e o time ganhando. O start é ter em mente que nós, seres humanos, temos atitudes e reações distintas diante de uma oferta, com diversas objeções prontas e outras, formatadas conforme o modelo de negociação. Com isso, é preciso que as companhias entendam as linguagens da fidelidade dos seus clientes mais lucrativos e implementem a combinação ideal para garantir que elas ofereçam as experiências que impulsionam defesa, retenção e crescimento.
As estratégias de fidelização devem considerar a dúvida e as necessidades do consumidor
As estratégias, portanto, devem considerar a dúvida e as necessidades do consumidor – e trabalhar em cima delas. Para uma empresa, por exemplo, que vende produtos físicos em pontos específicos, pode ser muito mais interessante trabalhar estratégias de PDV.
Já para empresas B2B com grandes contas, inbound marketing, venda consultiva e um funil de vendas mais complexo geralmente são caminhos a se considerar. Para as que possuem modelos SAAS, os clientes aceitam bem serviços com diferenciais competitivos, personalizando atendimentos. Portanto, o time em campo – a escolha de cada player deve ter grande atenção, assim como a qualidade do que é oferecido.
Ressalto que vender dentro da base previamente conquistada é sempre mais fácil – a conquista do campo adversário costuma ser mais árdua do que o emplacamento; fora que a interação com clientes ativos para evolução dos serviços/produtos é algo que acaba gerando um ciclo em que se evolui o que é ofertado pensando no usuário, e, em resposta, o usuário vê valor nas novas soluções da empresa, continuando dentro da base, com feedbacks para melhorias. Mantê-la saudável e interessada no seu serviço é sempre benéfico.
Olhar para o cliente e ofertar o que ele precisa é ganho para todos: consumidor e empresa. Tenha isso em mente e trabalhe com o melhor do seu time, em termos de atendimento, e no desenvolvimento de produtos para que o crescimento e o placar estejam sempre a seu favor!
Eduardo Tardelli
É CEO da upLexis, empresa de software que desenvolve soluções de busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) extraídos da internet e outras bases de conhecimento