Home Artigos ARTIGO: Tecnologia garante segurança na Copa

ARTIGO: Tecnologia garante segurança na Copa

Por Gustavo Zuccherato

Por Marcelo Alexandre*

O futebol está no DNA do brasileiro. Não há cidadão deste país que nunca tenha chutado uma bola pelo menos uma vez na vida. A cada quatro anos, a paixão chega ao máximo com a Copa do Mundo e todos colocam bandeiras em suas casas, nas janelas dos carros, bares e comércio. É o Brasil na Copa e o país para por 90 minutos a cada jogo.

Nesse cenário, mesmo com toda a torcida voltada para o mesmo lado, torcendo para o mesmo time, sempre pode haver um gol contra e a tecnologia entra em campo para garantir a segurança pública a manter a ordem em grandes eventos.

As cidades não precisamd e uma revolução em sua infraestrutura para aliar o LTE ao rádio.

Na Copa de 2014, pudemos ajudar efetivamente as forças de segurança e o sistema legado ajuda a manter as comunicações disponíveis nas comemorações da Copa da Rússia. Torcedores estão se unindo para incentivar a seleção em telões instalados em locais como o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, ou em frente ao Estádio do Mineirão, em Minas Gerais, e outro pontos de encontro espalhados pelas principais cidades de país. Todos precisam estar seguros para que a festa possa continuar.

A integração é fundamental neste sentido. Em um cenário onde centenas de milhares de pessoas estão juntas, diferentes forças precisam se comunicar entre si, como exército, polícias, engenharia de tráfego, bombeiros, resgate, entre outros. Aqui entra a tecnologia em prol das medidas preventivas e reativas em grandes eventos.

O rádio ainda é a principal comunicação de missão crítica, mas agora já podemos ter o apoio da LTE (sigla em inglês para Evolução de Longo Prazo, o 4G dedicado para forças públicas). Juntos permitem o verdadeiro uso da tecnologia com aproveitamento dos sistemas legados.

É importante ressaltar que cidades não precisam de uma revolução em sua infraestrutura para aliar o LTE ao rádio. Equipamentos móveis em viaturas ou mesmo portáteis, na mochila de um agente, levam a rede de dados a qualquer lugar, em qualquer hora , sempre disponível nos momentos  mais importantes.

Cidades seguras e inteligentes dependem de integração. Por exemplo, por meio de softwares é possível identificar comportamentos suspeitos em vídeos capturados em câmeras que podem apontar o início de um tumulto. No centro de comando e controle um alarme dispara e uma ação tática é iniciada, com drones, envio de imagens por smartphones robustecidos, feitos para segurança pública, e o rádio tradicional. Ainda podem ser acionadas medidas simultâneas para que a engenharia de tráfego abra caminho para uma ambulância ou até mesmo para que um policial encontre uma criança perdida.

Cidades que sediam grandes eventos de forma segura são cidades inteligentes

Dispositivos que permitem aos agentes em campo ter o centro de comando e controle em mãos também é uma medida preventiva. Em outro cenário, é possível identificar um torcedor violento previamente cadastrado por meio de reconhecimento facial e retira-lo do local, antes mesmo que uma briga comece. O policial ainda terá todo o apoio do centro de comando que está junto a ele, sem precisar apertar um botão, pois todo o sistema é inteligente e cria alertas automáticos que são enviados aos comandantes que, sabendo que ele está próximo de um suspeito, envia reforço.

Além disso, softwares podem fazer análises de Big Data e varredura em redes sociais com palavras-chave e imagens, dispositivos junto ao corpo que gravam toda a ação, como se fosse uma caixa preta, drones e até mesmo imagens de câmeras na luneta de atiradores de elite.

Hoje, já temos o uso de sensores que detectam se um policial sacou a arma e,  no futuro, teremos Realidade Virtual no Centro de Comando e Controle, câmeras no colete dos agentes com inteligência artificial, entre outras ferramentas integradas para garantir o menor tempo de resposta ou mesmo até que crimes não ocorram.

Cidades que sediam grandes eventos de forma segura são cidades inteligentes. Os torcedores podem ficar tranquilos quando a tecnologia para segurança pública está em campo.

Marcelo Alexandre

É diretor de vendas para governo SP da Motorola Solutions

Acompanhe a Digital Security no Facebook e YouTube

Assuntos relacionados