Por Selma Migliori*
De acordo com a ONU Mulheres, o isolamento social elevou o número das denúncias de violência doméstica ao redor do mundo: no Chipre (30%), em Singapura (33%), na França (30%) e Argentina (25%). Infelizmente, o Brasil não passou imune a esse sintoma. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) indicou que nos primeiros meses da pandemia houve aumento em 22% no número de casos de feminicídios em 12 estados brasileiros, em comparação ao ano anterior.
O fenômeno gerou um alerta em diversas categorias – o Conselho Nacional (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), por exemplo, engajou mais de 10 mil farmácias na campanha “Sinal Vermelho”, que incentivou as vítimas a denunciarem os abusos por meio do desenho de um ‘X’ na palma da mão. Outra categoria que foi amplamente mobilizada, foram os síndicos de condomínios residenciais, figuras essenciais para acolher e denunciar casos de violência doméstica de todos os tipos.
Nesse sentido, assim como a segurança eletrônica têm atendido às demandas por câmeras termográficas, controle de acesso inteligente e portaria remota que surgiram com a pandemia, nossas soluções também são efetivas para reduzir esses índices assustadores – mesmo antes do isolamento, o Brasil já ocupava o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos.
Essa não é uma descoberta recente, a Abese vem reiterando o papel da tecnologia nessa luta. A vantagem da segurança eletrônica é que os equipamentos estão 24h em locais que muitas vezes não há mais ninguém que pudesse intervir em uma situação de violência, como dentro de elevadores, garagens de edifícios ou até mesmo nas ruas.
Assim, soluções tecnológicas integradas como as de videomonitoramento, intrusão, controle de acesso com reconhecimento facial, a utilização de dispositivos IOT, entre outras, podem ser combinadas para criar soluções voltadas à proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade – seja em uma rua escura ou dentro de casa.
A partir de várias ações, estamos empenhados em incentivar com que os projetos de segurança eletrônica incluam protocolos nesse sentido. No mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher (8 de março), estou certa de que #JuntosSomosMais na proteção da dignidade humana no espaço público e privado com nossas soluções tecnológicas de segurança. Somos parte da solução.
Selma Migliori
É presidente da ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança