Por Marco Antônio Barbosa*
A pandemia do Coronavírus veio para mudar a forma como vivemos. Mais do que cuidado, estamos falando de segurança nacional. Até agora, início de abril, em quatro meses desde a sua descoberta, mais de 170 mil pessoas morreram em todo o mundo. As mortes escalam rapidamente, ultrapassando mil mortes por país afetado em uma velocidade assustadora. Vide a Itália, o país mais atingido pela doença. No dia 21 de fevereiro, foi registrada a primeira morte. Agora já são mais de 25 mil e sem previsão para cessarem. A Organização das Nações Unidas (ONU) apontou a crise atual como a mais grave e desafiadora desde a 2ª Guerra Mundial.
Sem uma vacina ou cura até o momento, a orientação de Governos e da Organização Mundial da Saúde (OMS), as quarentenas, se espalharam pelo mundo, obrigando boa parte da população a se manter em casa e evitar contatos físicos.
Isso afeta muito mais do que a economia, mas nossas relações pessoais. Seja família, amigos ou trabalho, os contatos devem se tornar cada vez mais digitais. Aplicativos de entrega, plataformas de reunião on-line, vieram para crescer e para ficar.
Entretanto, em muitos casos não conseguiremos evitar o contato. Como entrar em um hospital sem achar que está correndo risco? Entrar em um metrô lotado e não desconfiar da catraca? As mascaras ajudam, mas o contato com objetos ainda se faz necessário.
Mais do que segurança contra a criminalidade, abrir o portão da sua casa pelo celular agora é uma questão de segurança sanitária.
Nesta guerra, o avanço tecnológico e a cooperação mundial são nossas mais importantes armas. E não é diferente no setor de restrição de acesso. Mais do que segurança contra a criminalidade, abrir o portão da sua casa pelo celular agora é uma questão de segurança sanitária.
Passar em uma catraca que se abre por leitor, sem contato, em uma rodoviária ou aeroporto, podem diminuir e muito as chances de contágio e disseminação de vírus. Em hospitais, os frontes desta batalha, tecnologias que liberam portas automáticas, seja elas deslizantes ou pivotantes, somente com aproximação de pessoas autorizadas podem salvar vidas de pacientes e dos médicos, grupo muito afetado nesta pandemia. Todas essas soluções já estão aqui no Brasil e devem avançar ainda mais com a necessidade gerada pelo Coronavírus.
As vidas terão que seguir fora do mundo digital em algum momento. Segundo especialistas, a vacina só deve chegar em dois anos. Por isso, temos que estar preparados para que a tecnologia, assim como máscaras e higiene pessoal, possam nos ajudar a enfrentar o vírus. O controle de acesso, além de auxiliar na mobilidade das cidades e restringir a passagem de pessoas não autorizadas, pode e deve proteger a nossa saúde também.
Marco Antônio Barbosa
Especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil. Possui mestrado em administração de empresas, MBA em finanças e diversas pós-graduações nas áreas de marketing e negócios.