Por Adriano Sambugaro*
Apesar do crescimento visível do uso de cartões no varejo, cédulas ainda são muito utilizadas no Brasil, especialmente pelos consumidores das classes C, D e E, que juntas correspondem a 76% da população do país, como informa o Ibope. O que contribui muito também com o uso do dinheiro nas compras é a publicação da Lei 13.455, de 2017, que autoriza varejistas a oferecer preços diferenciados para pagamentos em dinheiro ou cartão de crédito e débito.
Apesar de uma série de vantagens, aceitar dinheiro requer do varejista mais assertividade na segurança e nas operações internas de gestão de numerário
Apesar de uma série de vantagens (não há taxa de administração por transações, nem operação pela máquina, etc), aceitar dinheiro requer do varejista mais assertividade na segurança e nas operações internas de gestão de numerário. Ele precisa estar atento para não assumir, ainda mais, os custos de perda por furtos, roubos ou erros na operação.
Dessa forma, investir em tecnologia passou a ser essencial. Há no mercado soluções, como os cofres inteligentes, que avançam para auxiliar as operações e agilizar os processos, de forma que o varejista não só não perca com furtos e assaltos, mas também ganhe em produtividade com sua equipe de trabalho.
O ano de 2019 só está começando. Há tempo de o varejista repensar em suas estratégias e investimentos para fazer a gestão de seu numerário. Confira cinco boas razões para ficar de olho nesse tema.
1 – Maior circulação de cédulas no mundo
Segundo pesquisa do Bank for International Settlements (BIS) 2018, o dinheiro em circulação no mundo passou de 7% a 9% do PIB entre 2001 e 2016 (somente Suécia e Rússia mostram evidências de substituição do dinheiro pelo cartão). No Brasil, ele aumentou de 2,7% para 3,7% do PIB no mesmo período.
A projeção para a substituição do dinheiro vivo pelos cartões deve acontecer só em 2020
2 – 99% das lojas no país aceitam dinheiro
O uso dos cartões ainda não ultrapassou o dinheiro vivo e a projeção é que isso só aconteça em 2020, segundo estudo da Boanerges & Cia. Um fator que confirma esse cenário é a sua ampla aceitação: 99% das lojas de varejo aceitam dinheiro, as que aceitam cartões somam um percentual de aproximadamente 75%, segundo dados do Banco Central.
3 – Conveniência deve ser prioridade
A forma de pagamento em dinheiro não morrerá, entretanto, com as novas tecnologias, novas soluções ocuparão certo espaço. O principal drive dos varejistas é ofertar conveniência na hora de receber de seus clientes, como aponta Douglas Almeida, consultor especialista em meios de pagamento.
O cofre inteligente traz confiabilidade, segurança e controle para reduzir custos com todos os processos e mão de obra envolvidos na gestão de numerário
4 – Tecnologia reduz os custos do dinheiro
Disponibilizado em diversos modelos para melhor adequação a cada negócio, o cofre inteligente oferece aos varejistas uma série de benefícios, como confiabilidade, segurança e controle, além da redução de custos com todos os processos e mão de obra envolvidos nas conciliações de venda em dinheiro, fechamento de caixa, recolha de transporte de valores e depósito no banco.
5 – Maior controle à gestão do numerário
Com o cofre inteligente, o varejista acompanha em tempo real toda a operação, além de obter relatórios, melhorar os processos na tesouraria, rejeitar notas falsas e auxiliar a coleta do dinheiro. Além disso, o controle da operação é todo automatizado por meio de senhas que identificam o responsável pela operação até o depósito no cofre. Outra vantagem é a possibilidade de monitorar via internet os níveis de caixa de todas as unidades instaladas.
Adriano Sambugaro
É diretor de marketing da Gunnebo