Por Alexandre Glikas*
A indústria 4.0, também conhecida como 4ª Revolução Industrial, promete mudar o cenário em que vivemos — e acredite: já realiza o esperado. Tendo por prerrogativa integrar informações para automatizar funções e mudar a maneira como as pessoas se comunicam e vivem, esta é uma progressão natural da Era da Informação, com a diferença que o mundo se torna mais conectado e inteligente. Com impactos nas empresas e em toda a sociedade, as transformações digitais proporcionadas por essa nova revolução têm surgido rapidamente e em larga escala.
Na indústria 4.0 há a eliminação das barreiras entre os mundos biológico, físico e digital
O principal aspecto da Indústria 4.0 é a inovação, que se manifesta por meio de novas tecnologias. Com a fusão desses recursos, há a eliminação das barreiras entre os mundos biológico, físico e digital. Portanto, ela é mais ampla que um progresso digital.
A expectativa é que os países mais desenvolvidos absorvam as transformações com mais facilidade. Porém, as nações emergentes, como o Brasil, também vão se beneficiar. O esperado é que os computadores sejam cada vez mais inteligentes e rápidos — por isso, há o receio de que muitas profissões deixem de existir.
Realmente, isso deve acontecer. As tarefas operacionais, como as de linha de produção, serão automatizadas e isso reduzirá a necessidade de mão de obra humana. Por isso, segundo o Fórum Econômico Mundial, há uma previsão de que sejam eliminados sete milhões de empregos industriais até 2020 nos 15 países mais desenvolvidos.
A importância da indústria 4.0 para as empresas é baseada no atendimento a novas demandas que não são atendidas pelos métodos clássicos de produção, uma gestão embasada em dados e a capacidade de aprendizado de máquinas
Mas isso vai mais longe! Além dessa mudança no mercado de trabalho, há alguns motivos que demonstram a importância da indústria 4.0 para as empresas. Conheça três deles:
Atendimento a novas demandas
As necessidades atuais dos consumidores ensejaram a nova revolução industrial, já que há uma busca maior por personalização, praticidade e respostas rápidas. Essas demandas não são atendidas pelos métodos clássicos de produção e, por isso, é preciso criar modelos de negócio diferenciados.
Gestão embasada em dados
O recurso principal da indústria 4.0, junto à tecnologia, são os dados. Apesar de serem intangíveis, eles permitem alcançar a informação e gerar conhecimento. Com isso, há um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e a possibilidade de produzir mais em menos tempo.
Aprendizado de máquinas
O aprendizado permitido pelas inteligências artificiais — proporcionado por tecnologias como Big Data, computação em nuvem, Internet das Coisas e o próprio machine learning — permite encontrar outros padrões de atuação a partir de testes.
Todos esses vieses podem ser resumidos em quatro pontos principais: expectativas dos clientes; aperfeiçoamento de produto; inovação colaborativa; e formas organizacionais.
Os clientes se tornam o centro da economia e os produtos podem ser aprimorados para agregarem mais valor
Os clientes se tornam o centro da economia e os produtos podem ser aprimorados para agregarem mais valor. Os ativos são mais resilientes e a análise de dados transforma a maneira que as informações são mantidas. Tudo isso exige a criação de modelos de negócio ainda inexistentes, assim como a revisão das formas de organização.
Todas essas ferramentas disponíveis já estão implementadas, mas ainda tendem a evoluir, e muitas outras também devem surgir ao longo do processo. É válido lembrar que tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Cloud Computing, Big Data e Analytics são grandes facilitadoras dessa revolução.
Nesse cenário, é importante que os empreendedores estejam atentos à Indústria 4.0 para tirarem o máximo proveito dos benefícios que ela pode oferecer e, assim, verem cada vez mais o seu negócio crescer.
Alexandre Glikas
É diretor-geral da Locaweb Corp, unidade corporativa da Locaweb