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CASE STUDY São Paulo Expo: preparada para emergências

Por Gustavo Zuccherato

Como parte do grande projeto de expansão e modernização finalizado em 2016, o São Paulo Expo recebeu um novo sistema avançado de detecção e alarme de incêndio

Construído em 1978, o Recinto de Exposições Sálvio Pacheco de Almeida Prado, hoje conhecido como São Paulo Expo, passou por uma total modernização ao ser concessionado à iniciativa privada em agosto de 2013.

Foram integrados mais de 600 dispositivos diversos da linha Cerberus Pro da Siemens para cobrir os 90 mil m² de área de exposição

A GL Events Centro de Convenções S.A., vencedora da concorrência para concessão de uso e exploração do empreendimento por 30 anos, realizou ampla reforma e adequação da área. O espaço passou dos 40 mil m² para mais de 90 mil m² de área total de exposição com modulação para até 8 pavilhões, com um centro de convenções de 10 mil m² que pode ser dividido em até 34 módulos para eventos e congressos simultâneos e edifício garagem para 4,5 mil vagas, além de cerca de 6.500 vagas no entorno.

A modernização abrangeu não somente a ampliação de espaço para eventos, mas também houve total readequação das infraestruturas de utilidade como ar condicionado, energia, água e segurança aos usuários, em um total investido de cerca de R$ 410 milhões.

Com uma infraestrutura ampla e modernizada, o São Paulo Expo recebe alguns dos maiores eventos da América Latina, incluindo o Salão Internacional do Automóvel, a CCXP – Comic Con Experience e a Exposec, o maior evento do setor de segurança eletrônica do Brasil. Seus ambientes modulares permitem a realização de diversas feiras e eventos ao mesmo tempo, resultando em uma média de até 250 mil visitantes por semana.

Todo o sistema de detecção e alarme de incêndio é controlado por uma única central Cerberus Pro da Siemens (Foto: Gustavo Zuccherato/Revista Digital Security)

Um projeto de modernização de grande porte como esse exigiu um trabalho conjunto entre diversas empresas com expertise consolidada em suas respectivas áreas. Toda a infraestrutura de combate a incêndio e elétrica do empreendimento foi feito pela Temon Engenharia, enquanto que o fornecimento e instalação dos sistemas de detecção e alarme de incêndio ficou por conta da Staefa Control System. O projeto de instalação dos sistemas de detecção e alarme de incêndio levou quatro meses, com conclusão em abril de 2016.

“A Temon Engenharia nos escolheu por conhecer a experiência da Staefa Control System em sistemas de proteção contra incêndio e know how para soluções integradas desta magnitude, qualidade de trabalho e pontualidade”, ressaltou Gabriel Meduri, diretor comercial da Staefa.

Para dimensionar o projeto, a empresa contratou a Ma2 Projeto e Gerenciamento. “A implementação da detecção e alarme de incêndio visou adequar todo o sistema às normas e leis atualmente vigentes, especialmente a NBR 17240”, disse Meduri. “Sistemas de proteção e combate a incêndio estão diretamente ligados a segurança e vida das pessoas, por isto a importância de uma implantação rigorosamente dentro das normas aplicáveis”.

Detectores ópticos funcionam a partir da refração do infravermelho dentro da câmara onde estão o emissor e sensor (Foto: Gustavo Zuccherato/Revista Digital Security)

Com cobertura completa dos 90 mil m² de área de exposição, o São Paulo Expo representou um grande desafio por ter um pé-direito bastante alto, exigindo a instalação de detectores lineares específicos para garantir a detecção do menor sinal de fumaça. Diferentemente dos detectores de fumaça ópticos padrões, que geram o alarme a partir do momento que a fumaça entra dentro da câmara onde está o emissor e o sensor de infravermelho, os detectores lineares emitem um feixe que alcança distâncias de até 100 metros e que é refletido em um espelho e retorna ao detector. Assim, quando há a presença de fumaça, o feixe é interrompido e dispara o alarme.

“Tivemos que lidar com ambientes amplos que determinaram o uso de detectores do tipo beam detector, adequados para esta situação. Praticamente 80% das instalações foram em alturas superiores a 10m, utilizando-se de plataformas elevatórias. Isto exigiu um planejamento rigoroso das instalações feito pela equipe de coordenação e obras da Staefa e sincronismo de nossa equipe de campo”, explicou o diretor. “Nestas situações criticas nossa equipe de segurança do trabalho atua em período integral, orientando e supervisionando a implantação para garantia dos profissionais envolvidos”.

Módulo conectado ao sistema de combate à incêndio permite o monitoramento remoto para evitar falhas e programar manutenções preventivas (Foto: Gustavo Zuccherato/Revista Digital Security)

Falando efetivamente nos equipamentos implementados, a Staefa optou pela linha Cerberus Pro da Siemens, fornecido diretamente pela fabricante para o projeto. “Os anos de experiência da Siemens em segurança contra incêndio, nos deu a confiança necessária para escolher a linha Cerberus Pro. Uma das maiores vantagens são os conceitos simples de manutenção e operação a fim de manter a instalação e o comissionamento o mais rápido possível”.

Para todo o projeto foi necessária apenas uma central de detecção e alarme de incêndio, com 4 laços. Ao todo, são 55 detectores lineares convencionais e outros 218 detectores ópticos, 69 detectores termovelocimétrico, 99 sirenes audiovisuais e 99 acionadores manuais, todos enderaçáveis. O sistema é completado por 79 módulos de monitor.

“A compatibilização do projeto é um ponto de bastante atenção, principalmente porque dela temos a condição de extrair a documentação necessária para programação lógica da central, que deve ser minunciosamente testada e aprovada”, reforçou Meduri. “Realizamos uma prova de conceito implementando os beam detectors, detectores linear de fumaça inteligentes e endereçáveis, indicados para proteção de áreas muito amplas com tetos altos e ou inclinados. A garantia de funcionamento do sistema está associada a uma boa engenharia de instalação, expertise Staefa”.

Todo o cabeamento para conexão dos dispositivos está em tubulações dedicadas, separada das demais instalações do empreendimento. “O sistema de detecção e alarme de incêndio ainda pode ser interligado via protocolos seriais ou contatos secos a outros sistemas de automação predial, por exemplo, para permitir desligamentos e atuações sobre os sistemas elétricos e de ar condicionado, ou com CFTV para indicar o local das ocorrências, entre outros”.

Embora haja essa possibilidade de interligação, o São Paulo Expo ainda não possui sistemas de videovigilância instalados na área de exposição e, portanto, não há uma central de monitoramento integrado. A Staefa realiza o acompanhamento dos sistemas implantados de maneira remota e presencial, de forma a programar manutenções preventivas e evitar potenciais problemas com falhas no sistema. Desde a implantação, garante Meduri, não houve nenhum incidente relacionado à problemas com incêndio.

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