Estratégias foram apresentadas para imprensa no Blockbit Day, evento que reuniu profissionais renomados para discutir cibersegurança com parceiros e clientes
No final de agosto foi realizado em São Paulo a 3ª edição do Blockbit Day, um evento anual da fabricante brasileira que busca reforçar a importância da segurança cibernética na estratégia de negócios das empresas, promovendo as boas práticas de mercado. Diferente do ano passado, onde a equipe da Blockbit trouxe lançamentos de novas soluções e produtos, o encontro desse ano focou-se em ser muito mais uma plataforma de discussão e conscientização, reunindo cerca de 300 pessoas entre parceiros e clientes.
Após uma breve apresentação de boas-vindas do CEO Global da Blockbit, Eduardo Bouças, o painel “Cibersegurança: Por que ainda cometemos os mesmos erros” reuniu nomes de empresas importantes do mercado para debater tecnologia, regulamentação e técnicas avançadas para proteção das infraestruturas. Os convidados foram Yanis Stoyannis, gerente de Consultoria e Inovação em Cibersegurança da Embratel; Fernando Madureira, Chief Information Security Officer (CISO) do Banco Votorantim; Luiz Carlos Faray, executivo sênior de Desenvolvimento de Negócios Latam da IBM; e Coronel Rodrigo Martins de Souza, chefe do 2º Centro de Telemática de Área do Exército Brasileiro.
Já o keynote ficou por conta de Raphael Mandarino Jr., ex-diretor de Segurança Cibernética da Presidência da República, que abordou o tema “Indústria da Segurança Cibernética, uma questão de soberania”. O espaço do evento no Hotel Pullman também contava com demonstrações das soluções da companhia, incluindo plataformas para segurança de rede, de dispositivos, gestão e análise de vulnerabilidades e compliance.
No evento, a equipe da gestão da Blockbit reservou um horário para atender a imprensa e falar sobre os resultados, as novidades e estratégias que estão sendo adotadas.
Com uma impressionante taxa de crescimento de 97% em seu faturamento em 2017 – o segundo ano desde o lançamento oficial da nova marca após a aquisição da BRconnection pelo consórcio liderado pela Cipher -, a Blockbit tem se consolidado como a provável fabricante líder do mercado nacional de cibersegurança e espera crescer mais 50% nesse ano.
O otimismo não é para menos: com o aumento da preocupação das empresas em tornarem seus sistemas e redes mais seguros, uma estratégia acertada de atuação através de canais, a expansão no mercado internacional, um portfólio de produtos completo para qualquer necessidade e um preço imbatível em relação às fabricantes internacionais devido ao câmbio alto do dólar, a ascensão da companhia é um caminho natural. “Fechamos o primeiro semestre com crescimento de 61%, acima do estipulado”, disse Bouças.
Renovação tecnológica
Com ofertas que previnem ataques, detectam ameaças, respondem a incidentes e preveem falhas, divididas em três principais linhas de Network Security, Analytics & Management e Vulnerability & Compliance, a Blockbit investe cerca de 20% do seu faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento para se manter sempre atualizada e na vanguarda da tecnologia. Seus produtos incluem Firewall, Sistema de Prevenção de Intrusos, VPNs, filtros de conteúdo, antivírus, antimalware e anti-spam, entre outros.
Há três principais novidades em relação as soluções oferecidas pela companhia. A mais importante delas é a entrada nos marketplaces das duas principais provedoras de infraestrutura em nuvem pública do mundo, a Amazon Web Services e a Microsoft Azure. Além disso, há a integração da plataforma de segurança para dispositivos móveis com a oferta de proteção de end-point e um incremento na capacidade de análise de amostras de malware da companhia.
Até então atuando apenas através da venda de appliances físicos e virtuais, a partir do começo de 2018 a companhia homologou suas ofertas para funcionarem diretamente nas infraestruturas em nuvem da AWS. Neste segundo semestre, as soluções da Blockbit estão em processo de homologação também nas infraestruturas da Azure.
Atuando inicialmente sob um modelo de venda de “bring your own license”, no qual a empresa emite uma licença específica para que os clientes possam inserir nos marketplaces e utilizarem as ferramentas da Blockbit na nuvem pública, agora as soluções passam por uma etapa de integração dos processos de venda para publicação nas plataformas. “Uma coisa é integrar a tecnologia, outra coisa é integrar o modelo de venda”, disse Bouças. “O bring your own license tem mais a ver com nosso modelo de negócio porque queremos o nosso parceiro como um consultor, um trust advisor do cliente, para trazer uma solução e implementá-la da melhor forma, com uma excelência do uso da ferramenta e um suporte estendido muito bom”
“Não queremos colocar a AWS como um concorrente do canal. A AWS é uma forma de facilitar a adoção do cliente”, complementa o executivo. “Esse investimento na homologação foi muito menos pensando no quanto isso vai gerar de novos negócios, mas sim como a adaptação para uma evolução do mercado para um novo ambiente. O mercado está migrando para nuvem e queremos ir junto com os clientes quando isso acontecer”.
Outra novidade é a integração do Blockbit Mobile, aplicativo para proteção de dispositivos móveis lançado em um versão beta no evento do ano passado, dentro da oferta de solução de End-Point Protection. “Englobamos essa solução de forma centralizada e gerenciada pelo GSM (Global Security Management), onde você consegue oferecer segurança em uma mesma plataforma, com a mesma visão de regras, seja para sistemas operacionais Windows, Mac ou Android”, explica Bouças. “Em nossa visão estratégica, tudo é end-point. Já passamos dessa fase de enxergar o mobile como algo diferente dos outros grupos”.
Todos os produtos oferecidos pela Blockbit são atualizados com feeds de inteligência, assinaturas e conteúdos gerados pelo Blockbit Labs, um laboratório com gestão segmentada que realiza estudos avançados com sistemas proprietários, incluindo algoritmos de machine learning e análise de big data de ameaças constantemente capturadas através de inúmeros sensores de última geração, processando milhões de pontos de dados.
“Temos uma nuvem privada, com uma capacidade de processamento gigantesca e mais de 7 TB de dados, que subiu sua capacidade de processamento de 150 mil para 200 mil amostras de malware por mês ao longo do último ano”, explica Bouças. “Dependendo da nota que o nosso sistema gera em relação a ameaça, essa informação vai direto para o produto, atualizando o produto diariamente sem a necessidade de qualquer operação por parte do cliente”.
Relacionamento com canais
Se nos dois primeiros anos de operação, a companhia ainda precisava consolidar sua presença em todo o território nacional, em 2018, a equipe parece estar satisfeita com seus aproximadamente 150 canais parceiros que mantém uma relação direta com a fabricante. “Não temos interesse em crescer o número de canais. A ideia é naturalmente criar novos parceiros, mas principalmente motivar e manter um turnover positivo com parceiros ativos”, pontuou o CEO global. “Queremos ter a certeza de que todos estão com clientes ativos, fomentando negócios e alinhados conosco. O importante é ter certeza que a máquina está funcionando, com todos capacitados, gerando negócios e dando suporte adequado ao cliente quando necessário”.
Uma iniciativa que fortalece o relacionamento com os canais é a plataforma de e-learning, BLOCKBIT University, que a fabricante vem expandindo desde final de 2017. O sistema catalisa a expansão da empresa, descentralizando a capacitação de canais parceiros, estreitando o relacionamento, além de reduzir custos operacionais. “Continuamos com os cursos presenciais que ainda tem bastante demanda, principalmente do governo, mas com o lançamento da Blockbit University nós já temos várias turmas digitais”, destacou Bouças.
Hoje, a plataforma oferece mais de 70 aulas, 14 horas de treinamento em 8 trilhas do conhecimento, principalmente focados na gestão de tecnologias para segurança de redes e gestão de vulnerabilidades e conformidades, tanto nos aspectos técnicos como comerciais de oferecimento dessas plataformas. Além de capacitar e certificar os parceiros na oferta de tecnologia da empresa, a plataforma também explora os principais temas de cibersegurança, atualizando os parceiros.
O fato da empresa não se apoiar em distribuidores também é considerado um grande diferencial da companhia. De acordo com Cleber Ribas, vice-presidente para o Brasil, uma vez que a responsabilidade da oferta para o canal é da própria Blockbit, isso pode se refletir em vantagens comerciais competitivas. “Temos uma realidade no Brasil de pequenos integradores que acabam sendo os ‘Trust Advisors’ de clientes menores e conseguimos faturar diretamente para os clientes deles, de forma que o parceiro transforma isso em um desconto”, diz. “Quando passamos para projetos de âmbito nacional, por promovermos um relacionamento horizontal com nossa cadeia, conseguimos fazer a várias mãos para entregar o melhor serviço na ponta”.
Além disso, o suporte técnico em português, 24 horas por dia, faz com que os negócios se tornem muito mais atrativos para os clientes brasileiros. “Conseguimos oferecer um suporte nível 3, que já chega no nível de desenvolvimento onde você consegue sanar qualquer bug mais rápido”, exemplifica o vice-presidente. “Imagine a dificuldade do cliente conseguir falar com um desenvolvedor de um laboratório que está na Europa ou nos EUA. Nossa equipe está no Brasil e a proximidade ajuda”.
Hoje a Blockbit conta com uma equipe aproximadamente 100 pessoas, sendo 40 delas voltadas para pesquisa e desenvolvimento, com sua sede localizada em São Paulo, equipes próprias em Brasília e Rio de Janeiro, além de escritórios em Miami e Londres. Para mais informações acesse www.blockbit.com
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